Vivá Residence Cacupé é o primeiro condomínio residencial com fotovoltaica
O empreendimento de alto padrão conta com um sistema de 28 placas que abastece as áreas comuns, reduzindo a conta de energia em até 80%
Texto: Redação AECweb/e-Construmarket
A ideia de construir um condomínio de casas que seguisse os preceitos de sustentabilidade de forma séria surgiu de Luiz Augusto Marchi, idealizador do projeto Vivá Residence Cacupé, diretor da Comarchi execução de condomínios e Ecomarchi consultoria de projetos ambientais e sustentáveis. “Decidi implantar os conceitos de sustentabilidade de acordo com os indicadores internacionais que regem o assunto, selecionando os que se adéquam ao nosso cotidiano e ao nosso clima, em um condomínio que, realmente, buscasse qualidade de vida”, afirma Marchi.
O condomínio de alto padrão com 99 mil m² tem metade de sua área verde preservada. É constituído por 43 terrenos com metragens que variam de 700 a 900 m². Está localizado no distrito de Santo Antônio de Lisboa, em Florianópolis, e conta com projetos arquitetônicos assinados por Nelson Teixeira, Arte Arquitetura, Marchetti Bonetti, MOS e Ruschel.
“Trabalhamos a sustentabilidade de forma sistêmica no empreendimento. A primeira ação realizada foi a instalação de 28 placas fotovoltaicas que reduziram a conta de energia em cerca de 70 a 80%. O investimento retornará em oito anos aproximadamente. Após esse período, é lucro para o condomínio, já que as placas possuem vida útil de 25 anos”, explica o idealizador.
A energia produzida abastece a área comum do condomínio, mas o manual de boas práticas incentiva os proprietários a implantar o sistema nas casas, fazendo do empreendimento um microgerador de energia. Após a implantação da solução, foi anunciada a resolução 482 da ANEEL que cria o sistema de compensação de energia. “A medida nos torna o primeiro condomínio residencial de casas no Brasil a aproveitar as regras criadas pela agência”.
RESÍDUOS SÓLIDOS
Foi adotado, ainda, o PGRS – Programa Geral dos Resíduos Sólidos. “Adaptamos o condomínio para a separação e destinação final do lixo, armazenando-o corretamente, para que as cooperativas possam retirá-lo em grandes volumes, o que facilita a dinâmica de trabalho. O lixo orgânico é tratado em uma composteira do condomínio e utilizado para adubar o jardim e a horta orgânica, em formato de mandala, que produz hortaliças orgânicas para todos os moradores”, comenta Marchi.
A energia produzida abastece a área comum do condomínio, mas o manual de boas práticas incentiva os proprietários a implantar o sistema nas casas, fazendo do empreendimento um microgerador de energiaLuiz Augusto Marchi
RECURSOS HÍDRICOS
O idealizador explica que o condomínio também avança no uso dos recursos hídricos. “Elaboramos um sistema de tratamento das águas cinzas e o reaproveitamento das águas de chuva, para todas as residências. Feita a captação, a água das chuvas dos imóveis é armazenada em uma cisterna e utilizada em lavanderia, vaso sanitário e jardim, gerando uma economia de 50 a 60% no uso da água potável. Ao mesmo tempo, foi feito um reservatório de água potável de 50 mil litros para garantir o abastecimento do condomínio, mas de forma mais direcionada, evitando desperdícios”.
ÁREA DE LAZER + SERVIÇOS
Ainda compõem o condomínio a parte de vivência e de educação das crianças, com uma área de lazer integrada ao conceito ecológico, proporcionando bem-estar e qualidade de vida. Há um lago ornamental, a praça do fogo e um playground totalmente direcionado para a educação infantil. “É uma construção diferente, que acrescenta um novo conceito à região. Sua implantação conferiu uma nova centralidade ao local, atraindo estabelecimentos comerciais para a rua do complexo – o que agrega valor à região e responde à questão socioeconômica sustentável. Esses são os pilares que formam o empreendimento. Ele faz a integração das pessoas e as traz para esse mundo novo que precisa surgir. Um modelo de sustentabilidade sistêmica, onde um processo puxa o outro”.
O investimento retornará em oito anos, aproximadamente. Após esse período, é lucro para o condomínio, já que as placas possuem vida útil de 25 anosaLuiz Augusto Marchi
CERTIFICAÇÕES
Atualmente, o Vivá Residence Cacupé está em busca de certificações ambientais. “Tudo foi catalogado, e agora estamos fazendo a neutralização do carbono gerado durante a obra com a compra de crédito de carbono e plantio de árvores nativas na região”, conta o idealizador que comemora o sucesso do empreendimento: em quatro meses, foram comercializados mais de 50% dos lotes. “Há muita procura e pouca oferta”, conclui.
Colaborou para esta matéria
- Luiz Augusto Marchi – Empresário do ramo da construção civil há 20 anos, fundador da empresa COMARCHI execuções de condomínios e ECOMARCHI consultoria de projetos ambientais e sustentáveis. Natural de Florianópolis – SC, é surfista nas horas vagas e tem como objetivo a luta por um mundo mais sustentável e um novo modelo de construir, educando e proporcionando às futuras gerações uma vida mais consciente e sustentável.