Abramat prevê crescimento de 4% na venda de materiais de construção
Texto: Redação AECweb/e-Construmarket
Afirmação foi feita em reunião
27 de novembro de 2013 - A previsão da Associação Brasileira da Indústria de Materiais de Construção (Abramat) é de que o setor feche o ano com cerca de 4% de crescimento. A afirmação é do presidente da entidade, Walter Cover: "Até outubro o setor apresenta um crescimento de 4,2% perante 2012. Nossa previsão é de fechar o ano com, aproximadamente, 4% de crescimento. Essa meta é sustentada pelas boas expectativas de nossos associados".
A afirmação foi feita na reunião com associados, empresários da construção de todo o país, além dos principais líderes do setor, para divulgar as perspectivas para 2014 e também o Perfil da Cadeia Produtiva da Construção e da Indústria de Materiais e Equipamentos de 2013.
A participação dos segmentos de mercado no faturamento da indústria e expectativa quanto às ações do Governo também foram temas abordados por Cover. "No ano anterior, o varejo representou 50% de todo o faturamento da indústria da construção. Para 2013, esse segmento tende a crescer 6% em relação a 2012. Já o segmento imobiliário, teve 28% de participação, enquanto o de infraestrutura, teve 22%. Ambos devem apresentar crescimento de 2% sobre 2012", acrescentou.
"Outro dado relevante foi a série histórica do Termômetro Abramat, que mede a percepção dos empresários sobre o cenário. Um destaque dessa série foi a indiferença crescente das empresas quanto as ações do Governo para o setor. O menor índice foi verificado em abril de 2012, quando cerca de 30% do setor estavam indiferentes às ações do Governo e o maior percentual foi observado em agosto de 2013, quando a linha de indiferença superou a casa dos 70%", concluiu Cover. A percepção de otimismo sobre ações do governo ficou situado em 22% em outubro passado.
Ana Maria Castelo, representante da Fundação Getúlio Vargas, apresentou números publicados no Perfil da Cadeia Produtiva e da Indústria de Materiais e Equipamentos, além das previsões da FGV para o setor em 2014. A economista abordou temas como as taxas de crescimento real da Cadeia da Construção que, em comparação com os dois últimos anos, apresentou queda.
Segundo Castelo, o estudo mostra que os gastos das famílias asseguraram o desempenho do comércio em 2012. Naquele ano, a produção da indústria foi 7,96% maior que em 2011, enquanto o volume de vendas cresceu 1,30%. Já no acumulado até setembro de 2013 a produção da indústria foi de 7,01%, enquanto o volume de vendas responde por um crescimento de 2,03%.
Nas previsões para 2014, a FGV estima que a indústria de materiais deverá crescer 5,5% sobre 2013 o varejo de materiais irá expandir 7% em 2014.
O estudo foi elaborado pela FGV e reúne dados do segmento com base no ano anterior e é um dos mais importantes para pautar as ações estratégicas das empresas do setor para o próximo ano.