Abramat prevê estabilidade na venda de materiais de construção
Em junho, as vendas de materiais de construção avançaram 3,61% ante maio
20 de julho de 2009 - As vendas de materiais de construção devem ficar estáveis em 2009, na comparação com o ano passado, previu na sexta-feira a Associação Brasileira das Indústrias de Materiais de Construção (Abramat).
A expectativa anterior da entidade era de alta de 3%. A piora nas expectativas acontece após as vendas de materiais terem recuado 16% na primeira metade do ano contra o período de janeiro a junho de 2008.
Em junho, contudo, as vendas de materiais de construção avançaram 3,61% ante maio. O mês passado teve o maior valor de faturamento mensal deflacionado desde o início deste ano.
O desempenho em junho também foi o segundo consecutivo de alta na comparação mês a mês, segundo a Abramat. Conforme a entidade, a redução do Imposto Sobre Produtos Industrializados (IPI) para materiais de construção "é parte do motivo" para a retomada do crescimento nos últimos dois meses.
"A variação dos resultados nos últimos quatro meses de 2009, desde março, tem sido pequena", observou o presidente da Abramat, Melvyn Fox. "A tendência tem sido de um crescimento lento, bem diferente do que foi observado no ano passado, em que houve um rápido e intenso desenvolvimento, devido ao bom momento da economia brasileira", acrescentou.
O nível de emprego na indústria permaneceu estável em junho, em relação ao mês anterior, segundo a Abramat, com ligeiro crescimento de 0,27%. Na comparação com junho de 2008 houve queda de 1,5% no número de funcionários do setor.
Na semana passada, em audiência na Comissão de Assuntos Econômicos (CAE), no Senado, Fox afirmou que as reformas ou construção de moradias exigem um tempo médio superior ao período de três a seis meses levado em conta pelo governo ao renovar o IPI reduzido. "Precisamos de um tempo mais longo para a conclusão das compras pelos consumidores", disse Fox.
O presidente da Abramat lembrou que embora o setor já tenha conseguido a prorrogação antecipada do benefício até o fim do ano, isso representará um período total de nove meses de vigência da redução do imposto. "Vamos continuar trabalhando nesses argumentos, no âmbito do Grupo de Acompanhamento da Crise (que reúne empresários e representantes do governo, no Ministério da Fazenda)", anunciou Fox.
Materiais de acabamento
O faturamento das vendas internas dos materiais de acabamento, em junho, teve crescimento de 5,13% em relação a maio. No resultado acumulado dos últimos 12 meses, houve queda de 4,66%. O faturamento acumulado no primeiro semestre apresentou queda de 9,93% sobre igual período do ano passado.
Fonte: Jornal do Commercio - RJ