Afetado pelo coronavírus, índice de confiança da construção cai em março
Texto: Redação AECweb/e-Construmarket
Índice recuou 2 pontos em março frente a fevereiro, chegando a 90,8 pontos. Queda foi influenciada pela piora na expectativa dos empresários para os próximos meses

Índice de Expectativas caiu 3,5 pontos, alcançando 95,5 pontos, o menor valor desde junho de 2019 (Créditos: Wagner Santos de Almeida/ Shutterstock)
31/03/2020 | 12:33 - Conforme apuração da Fundação Getulio Vargas (FGV), o Índice de Confiança da Construção (ICST) teve queda de 2 pontos em março frente a fevereiro, chegando a 90,8 pontos. Apesar de o índice ter recuado pelo segundo mês consecutivo no primeiro trimestre de 2020, a média do indicador é de 92,6 pontos, 2,7 pontos maior do que a média do último trimestre do ano passado.
Segundo a coordenadora de Projetos da Construção da FGV/Ibre, Ana Maria Castelo, a percepção do impacto do novo coronavírus apareceu, pela primeira vez, como um dos fatores limitantes aos negócios.
“Em março, ainda não houve impacto expressivo nos negócios correntes, mas o Indicador de Expectativas já aponta a deterioração do cenário. O segmento de Serviços Especializados, formado por um conjunto grande de pequenos empreiteiros, certamente sentirá mais e já em março foi o que acusou o maior impacto nas expectativas”, informou a economista.
A queda, registrada em março, foi influenciada pelo recuo no Índice de Expectativas (IE-CST) – cálculo da confiança do empresário da construção para os próximos meses. O indicador caiu 3,5 pontos, alcançando 95,5 pontos, o menor valor desde junho de 2019 (92,9 pontos). Este resultado se deve ao indicador de demanda prevista, que apresentou queda de 3,6 pontos, para 96,1 pontos, e à tendência dos negócios para os próximos seis meses, cujo índice caiu 3,5 pontos, para 94,8 pontos.
Quanto ao Índice de Situação Atual (ISA-CST), que apura a confiança do empresário da construção no momento presente, ele recuou 0,4 ponto, após nove altas seguidas, chegando a 86,3 pontos.
Além disso, o Nível de Utilização da Capacidade do setor (Nuci) teve queda de 1 ponto percentual e alcançou 69,6%. Este é o menor patamar desde setembro do ano passado.