Alckmin aceita proposta do Secovi-SP para o Minha Casa - SP
Governador de São Paulo e parte do secretariado participaram, na última quarta-feira, 17/8, de encontro com a diretoria e associados do Sindicato da Habitação
18 de agosto de 2011 - Em reunião com associados do Secovi-SP e lideranças do setor imobiliário (17/8), o governador Geraldo Alckmin aceitou o desafio apresentado pelo presidente do Sindicato, João Crestana, de complementar os recursos necessários para que o programa federal Minha Casa, Minha Vida 2 (MCMV) seja viabilizado no Estado de São Paulo.
Denominado por Crestana como “Minha Casa SP”, a ideia é que o governo estadual forneça recursos para bancar a diferença de R$ 20 mil que existe entre o valor máximo financiado pelo MCMV (R$ 65 mil na Região Metropolitana de São Paulo e R$ 57 mil no Interior) e a realidade do mercado imobiliário paulista (valores de R$ 85 mil e R$ 77 mil, respectivamente).
“O complemento viria por meio de convênio com a Caixa, o Banco do Brasil e recursos do ICMS já destacados para habitação. Seriam atendidas as faixas de renda familiar de até R$ 1,6 mil e desse patamar até R$ 3,1 mil. O déficit habitacional, de um milhão e 60 mil moradias, poderá ser liquidado em 12 anos se contarmos com investimentos anuais da ordem de R$ 1,67 bilhão,”, disse Crestana.
Geraldo Alckmin considerou que a proposta tem lógica. “Somos o único estado do País que destina recursos orçamentários para habitação. Vamos fazer uma agência para buscar recursos no SFH e mais subsídios para financiar a baixa renda. E já conversamos com a presidente Dilma Rousseff, informando que vamos complementar o MCMV, pois, sem isso, não haverá casa para quem precisa em São Paulo.”
Acompanhado dos secretários estaduais Silvio França Torres (Habitação), Bruno Covas (Meio Ambiente), Edson Aparecido (Desenvolvimento Metropolitano), Paulo Alexandre Barbosa (Desenvolvimento Econômico, Ciência e Tecnologia) e Jurandir Fernandes (Transportes Metropolitanos), além do presidente da Cetesb Otávio Okano, o governador debateu vários temas relacionados ao desenvolvimento urbano e destacou as ações com vistas à mobilidade.
Quanto às dificuldades na análise ambiental e aprovação de projetos, Alckmin reconheceu que o setor imobiliário pode ser o grande “parceiro ambiental” do governo, especialmente no que se refere à recuperação de áreas contaminadas. “São Paulo deixou de ser industrial e tem uma nova vocação: serviços. Há um grande número de terrenos, inclusive bem localizados, que podem ser remediados. Contamos com a parceria do setor e vamos aumentar os quadros da Cetesb para acelerar as aprovações, dentro dos critérios da lei”, garantiu.
Fonte: Secovi - SP