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Alta do salário mínimo exclui beneficiários do Minha Casa, Minha Vida

Texto: Redação AECweb

Simulação feita no site da Caixa aponta que beneficiários na faixa salarial de seis mínimos, ficaram com condições de pagamentos piores

25 de fevereiro de 2010 - O reajuste do salário mínimo concedido pelo presidente Lula em janeiro deixou de fora uma parcela de beneficiários do programa Minha Casa, Minha Vida. Os valores das categorias de renda estabelecidos no programa não foram reajustados de acordo com o novo mínimo.

Em muitos casos, os novos candidatos ao Minha Casa, Minha Vida terão condições menos favoráveis, com juros e entrada mais altos. "Os valores do programa deveriam ter acompanhado o reajuste do salário mínimo", diz Celso Petrucci, diretor do Secovi-SP (sindicato da habitação).

Uma simulação feita no site da Caixa aponta que beneficiários na faixa salarial de seis mínimos, agora com renda superior, ficaram com condições de pagamentos piores. O banco informou que o valor do mínimo considerado refere-se ao salário vigente na data de lançamento do programa. Segundo a Caixa, que segue orientação do Ministério das Cidades, "a renovação não é automática".

Na simulação, o trabalhador que ganhava seis mínimos de R$ 465 até dezembro de 2009, ou seja R$ 2.790, tinha direito a empréstimo com juros de 6% ao ano e entrada de R$ 5.985 para financiar R$ 72 mil. Com o aumento do mínimo para R$ 510, o teto da faixa de seis mínimos subiu para R$ 3.060. Uma pessoa com a mesma renda do exemplo, saiu da categoria de três a seis salários mínimos para a faixa de seis a dez mínimos. Para esse beneficiário, agora são oferecidas taxas de juros de 8,16% e entrada de R$ 16 mil para financiar R$ 64 mil.

Fonte: Folha de São Paulo

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