Alta no mercado imobiliário variou entre 4,2% e 37,3%
Texto: Redação AECweb/e-Construmarket
No Rio, a alta foi de 15,2%
13 de janeiro de 2014 - Os preços dos imóveis nas grandes cidades brasileiras subiram, no ano passado, entre 4,2% (caso de Brasília) e 37,3% (Curitiba). Os dados, do índice FipeZap, foram divulgados na última semana e consideram 16 cidades. No Rio, a alta foi de 15,2%, quase igual aos 15% de 2012 e ainda bem acima da inflação projetada pelo IPCA, cuja previsão é de fechar 2013 em 5.7%.
No caso dos aluguéis, contudo, a variação no ano passado foi menor do que no anterior:respectivamente, de 8,3% e 11,4%. Coordenador da pesquisa, o economista Eduardo Zylberstajn destaca, entretanto que não dá para prever o que acontecerá no setor em 2014, um ano de Copa do Mundo:
- A variação da venda vem subindo mais que a da locação, mas isso não significa, necessariamente, que este cenário se manterá ao longo de 2014.
Na média nacional, a variação acumulada em 2013 foi de 13,7% na pesquisa que inclui 16 cidades (chamado de grupo Ampliado) e de 12,7% no grupo de sete capitais (chamado de Composto Nacional) - o método de pesquisado índice é feito em dois grupos, e o Ampliado só começou a ser realizado em junho de 2012.
Um ranking do aumento do preço dos imóveis no mundo, publicado pela inglesa 'The Economist" e analisando 23 países, mostra que, em 2013, o Brasil ficou em segundo lugar, atrás apenas dos Estados Unidos. Enquanto na terra do Tio Sam a valorização chegou a 13,6%, no Brasil, a valorização foi de 12,8%.
Ainda segundo o FipeZap, Brasília foi a única cidade em que os preços de venda subiram menos que a inflação prevista, 4,2%. E Curitiba, a que registrou o índice mais alto no ano: 37,3%. Em São Paulo, a variação foi de 13,9%, em Belo Horizonte, de 9,7% e, em Porto Alegre, de 14%. O distanciamento de Curitiba em relação às outras capitais do país acontece porque o fenômeno de aceleração dos preços é mais recente. Entre julho e novembro de 2012, por exemplo,o FipeZap registrara queda em Curitiba. Só a partir de dezembro daquele ano os valores começaram a subir na cidade, atingindo um pico de 4,6% em agosto de 2013. No mesmo mês, os preços no Rio e em São Paulo subiram 1,2%.
O Leblon, apesar de uma desaceleração na alta de preços, mantém o metro quadrado mais caro do eixo Rio-São Paulo (R$ 21.963), seguido por cinco bairros da Zona Sul carioca: Ipanema (R$ 19.818), Lagoa (R$ 16.858), Gávea (R$ 15.969) e Jardim Botânico (R$ 15.732). Assim, o Rio continua com o valor médio mais alto entre as 16 cidades (R$ 9.937), seguido por Brasília (R$ 8.670) e São Paulo (R$ 7.815). É de Vila Velha (Espírito Santo) o menor valor de metro quadrado: R$ 3.820.