Angra 3 tem avanço em sua construção com barreira de proteção
Texto: Redação AECweb/e-Construmarket
Um terço da peça de 56 metros de diâmetro já foi soldado
31 de outubro de 2012 - Uma etapa importante da construção da usina nuclear Angra 3 começou na semana passada. Com um terço da esfera metálica de contenção, que será uma das principais barreiras de proteção contra acidentes graves na usina, já completamente soldado, é possível agora posicioná-la de maneira definitiva. A esfera terá 56 metros de diâmetro, com uma espessura de 30 milímetros na parede de aço.
A esfera é soldada por camadas, mantendo uma distância em relação à base de concreto da usina. À medida que as camadas vão sendo assentadas, a esfera é apoiada em suportes de madeira. No atual estágio, o espaço vazio entre a esfera metálica e as paredes externas de concreto é preenchido com água, para permitir que ela flutue e se mova verticalmente.
Energia já nas Olimpíadas
Nessa movimentação, a esfera vai até a sua posição definitiva. Calços de madeira, de 40 centímetros , são então colocados simultaneamente à drenagem da água. A partir daí, o espaço é preenchido com concreto. O primeiro terço da esfera pesa cerca de 450 toneladas. Quando estiver inteiramente pronta, pesará 3.000 toneladas.
Sobre essa base é que poderá ser iniciada internamente a construção do edifício que abrigará as instalações nucleares propriamente ditas da usina (reator, geradores de vapor, bombas, tubulações e pressurizador). Quando esse edifício chegar à altura do “equador” da usina, a soldagem e o assentamento dos dois terços restantes da esfera metálica de contenção serão retomados. As obras civis do edifício das instalações nucleares andarão paralelamente à montagem de equipamentos, uma novidade.
Em Angra 2, as obras civis foram quase concluídas antes da montagem, aumentando o custo de construção da usina. Esse método de montagem simultânea abrevia o tempo de construção, de modo que Angra 3 possa funcionar na segunda metade da década. Provavelmente, nos Jogos Olímpicos de 2016, Rio e Sudeste já serão supridos com energia elétrica da nova usina.
Fonte: O Globo