Após 4 meses de queda, confiança da construção registra crescimento em fevereiro
Segundo a FGV, o índice atingiu os 94,4 pontos com o resultado
O ICST é calculado por meio da média aritmética entre o Índice da Situação Atual e o Índice de Expectativas (Foto: hugo_34/Shutterstock)
24/02/2023 | 15:12 — Depois de quatro meses de queda, o Índice de Confiança da Construção (ICST) registrou crescimento de 0,8% em fevereiro. Os dados, divulgados pela Fundação Getulio Vargas (FGV), indicam queda de 0,4 ponto em médias móveis trimestrais. Com o resultado, o índice atingiu 94,4 pontos.
Leia também
• Preço dos imóveis registra deflação em janeiro
• Empresário da construção está mais confiante
• Indústria registra queda na produção e no emprego em janeiro
O ICST é calculado por meio da média aritmética entre o Índice da Situação Atual (ISA-CST) — que recuou 1,7 ponto, para 93,4 pontos, representando o menor nível desde maio (92,5) — e o Índice de Expectativas (IE-CST) — que avançou 3,4 pontos, para 95,6 pontos, representando o maior nível desde outubro (103,2).
O indicador da situação atual dos negócios, outro subíndice, recuou 1,5 ponto, para 91,7, e o indicador de volume de carteira de contratos contraiu 1,7 ponto, para 95,3. A demanda prevista, por sua vez, cresceu 4,0 pontos, para 97,4, e a tendência dos negócios cresceu 2,5 pontos, para 93,7.
“Depois de quatro quedas consecutivas, as expectativas voltaram a melhorar, impulsionadas pela perspectiva de melhora da demanda nos próximos meses", afirma a coordenadora de Projetos da Construção do Ibre/FGV, Ana Maria Castelo, em nota.
Ela avalia que o pessimismo que contaminou o setor desde outubro diminuiu significativamente em fevereiro, em um movimento liderado pelo segmento de Edificações, que reagiu de forma positiva ao anúncio de retomada do Programa Minha Casa Minha Vida.
Por outro lado, a coordenadora reitera que, pelo terceiro mês consecutivo, as adversidades da carteira de contratos afetaram a percepção sobre a situação atual das empresas, indicando um arrefecimento do crescimento dos negócios.
"O Indicador de Evolução Recente da Atividade, que atingiu um pico em novembro do ano passado, caiu para baixo do nível de neutralidade desde janeiro. O que enseja o questionamento se o atual ciclo de crescimento teria se esgotado", diz.
Por fim, o Nível de Utilização da Capacidade Instalada (Nuci) caiu 1,2 ponto porcentual, a 77,7%. Nas aberturas, o Nuci de Mão de Obra caiu 1,4 pp, a 79,0%, e o Nuci de Máquinas e Equipamentos subiu 0,1 pp, a 71,9%.