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Área de serviços dispara na construção civil

Texto: Redação AECweb

Empresas projetam crescimento de até 100% para os próximos anos

04 de agosto de 2011 - Empresas de aluguel e venda de equipamentos para canteiros de obras, importadores de material de construção e empresas de publicidade que ganham espaço na economia estão surfando no bom momento da construção civil no País. Consideradas empresas satélites, ou seja, que oferecem serviços para incorporadoras e construtoras brasileiras, elas projetam crescimento de até 100% para os próximos anos sustentadas na alta de investimentos para obras nos próximos anos. Exemplo deste tipo de crescimento, a Bobcat, empresa que pertence a americana Doosan International e é especializada em venda de equipamentos pesados está investindo em um novo modelo de equipamento, direcionado para a construção civil, e espera registrar um crescimento de até 50% este ano, puxado pelo setor.

De acordo com Alberto Rivera, diretor da Bobcat no Brasil, eventos como a Copa do Mundo, Olimpíadas e os programas do Governo Federal estão dando ao setor a munição adequada para crescer. "Essas áreas são, atualmente, as que mais propulsionam as vendas desse tipo de equipamento graças aos significativos investimentos em infraestrutura que despontam em todo o território nacional", afirmou.

Neste ano, a expectativa do executivo é de que a empresa fature, no Brasil, R$ 45 milhões e o projeto é manter a expansão para outras regiões do País. "Nossa atuação está concentrada nas regiões sul, sudeste e centro-oeste. Entretanto, ano passado iniciamos um projeto para expandir nossa presença nas Regiões Norte e Nordeste com novas revendas", afirmou.

Para o executivo, o mercado brasileiro da construção é altamente atrativo para a marca mundial, que hoje já paira como o principal nome do bloco que inclui a América Latina, a Ásia e Pacífico e os demais mercados emergentes, com exceção da China. "No Brasil, a Bobcat está 12% à frente do segundo colocado em comercialização de equipamentos compactos", explica Rivera.

Também no ramo de equipamentos pesados, a Commat estuda o mercado brasileiro com otimismo e já projeta crescimento apoiado na construção civil. Nos últimos meses o grupo investiu R$ 7,5 milhões no segmento e o crescimento previsto fica na casa de 30%.

O diretor da empresa, Breno Farias, afirma que o grupo vem atuando com força no aluguel e venda de equipamentos em regiões onde a logística de chegada das máquinas é mais complexa. "Estamos procurando atuar nos mercados que remuneram melhor, o que quer dizer: nos locais onde existe dificuldade de colocar equipamentos", disse.

Para Farias, as obras públicas para a Copa do Mundo de 2014 e das Olimpíadas de 2016 são os principais focos de projetos para os próximos anos. "Neste momento, estamos preparados para atuar em obras públicas para os eventos esportivos dos próximos anos. Para isso, sobredimensionamos os equipamentos, pois acreditamos que com a demora do início das obras, as empreiteiras vão acelerar o passo na reta final e precisarão elevar e movimentar pré moldados para dar conta dos prazos. Mantemos a taxa de crescimento em 20%, porém é um número que pode oscilar conforme a demanda", disse.

Quem também pegou o gancho da Copa do Mundo foi a Mills que trouxe ao mercado brasileiro uma nova máquina para construção de estádios. A empresa, que projeta investir R$ 432 milhões este anos está apostando tanto na reforma, como a construção dos estádios por todo País.

Para Evandro Moraes, professor de Engenharia da Universidade de São Paulo (USP), o momento é propicio para muito outros setores ligados à construção. "É possível que grande parte dos médios empresários ofereçam serviços que caibam neste momento da construção civil", explicou. Segundo Moraes, serviços de tecnologia, tercerização de serviços prestados especializados para construção civil são algumas das oportunidades. "Além dessas opções, há possibilidades de parcerias, como uma empresa que fornece refeições completas dentro do canteiro de obras, ou então serviços de limpeza ou e-mailmarketing".

Marketing

No mercado de marketing, quem apostou no ramo imobiliário foi o executivo Carlos Valladão, presidente da Eugenio Marketing Imobiliário que também amplia aportes para o setor e prevê crescimento no mercado nordestino para os próximos anos. "Hoje em dia, aproximadamente 17% do nosso faturamento está focado na Região Nordeste do País", afirmou o executivo.

De acordo com o executivo, o crescimento esperado para o nordeste este ano está acima do projeto para o Brasil. "Pretendemos crescer 20% no Brasil todo este ano e, no Nordeste, estamos ainda mais otimistas, onde esperamos um crescimento de 30% em 2011", explicou. Só na região o grupo espera fazer campanhas e lançamentos na ordem de R$ 2 bilhões de Valor Geral de Vendas (VGV) este ano.

Importação

Voltada para o mercado da construção de luxo no Brasil, a importadora Hestia Import, que traz ao Brasil artigos exclusivos, como pastilhas de vidro e porcelanato, também já notou o crescimento da demanda em função do bom desempenho do setor.

Para Patrick Kuhnen de Mattos, gerente de Operações do grupo, o primeiro semestre deste ano já registrou o dobro de operações se comparado à 2010. "Nestes seis primeiros meses tivemos 17 mil metros quadrados em produtos vendidos, entre construtoras, arquitetos e design", afirmou.

Atualmente, a importadora tem representantes no Acre, Rondônia, Mato Grosso do Sul e Rio de Janeiro, bem como nas cidades de Birigui (SP), Pato Branco e Ponta Grossa (PR) e Lages (SC). "Queremos ter profissionais em todo o País", planeja Mattos.

A empresa também comercializa escoras metálicas, spas, saunas e portas a pronta entrega. "Mesmo com o frete o valor do produto ainda fica competitivo e o aumento da demanda faz com que ganhemos espaço no mercado brasileiro", assegura o executivo, que hoje tem como principal mercado o chinês, além do de países da Europa.

Fonte: DCI

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