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Arquiteto Shigeru Ban projetará moradias para refugiados no Quênia

Texto: Redação AECweb/e-Construmarket

Arquiteto japonês vai desenvolver modelo para a moradia de 20 mil famílias no campo de refugiados de Kalobeyei, no Quênia; clima quente e distância da capital são desafios

 


Arquiteto destacou que o principal cuidado será construir abrigos com materiais ecológicos e disponíveis ao redor, e que não exijam supervisão técnica (crédito: divulgação / ONU-HABITAT)

07/08/2017 | 14:20 – Em parceria com a Organização das Nações Unidas (ONU), o arquiteto japonês Shigeru Ban vai projetar um modelo de moradia para 20 mil residências no campo de refugiados de Kalobeyei, no Quênia. Atualmente 37 mil pessoas vindas da Somália e do Sudão do Sul moram no local.

Durante a visita ao acampamento para conhecer suas condições, o arquiteto destacou que o principal cuidado será construir abrigos com materiais ecológicos e disponíveis ao redor, e que não exijam supervisão técnica, pois é importante que as casas sejam conservadas pelos seus moradores. No primeiro momento, o modelo de Ban será testado em 20 abrigos e, se bem-sucedido, substituirá as outras estruturas existentes.

Além das preocupações do design, o projeto de Kalobeyei exige soluções particulares devido ao clima quente do local, com enchentes em períodos chuvosos, e à distância de mais de 700 km da capital Nairóbi – onde estão algumas das matérias-primas que serão utilizadas na construção das casas.

O campo de refugiados no território foi estabelecido em 2015, por meio de uma parceria entre o governo do condado de Turkana e a Agência da ONU para Refugiados, como uma forma de desafogar o campo de Kakuma, no noroeste do Quênia.

Histórico de projetos sociais

Aos 59 anos, Shigeru Ban é conhecido por dedicar sua carreira em prol do trabalho social e sustentável. Foi responsável por uma série de projetos envolvendo situações de deslocamento forçado e desastres naturais, como os abrigos de papel para 2 milhões de refugiados na Ruanda, em 1990 e o alojamento temporário para desabrigados depois de um tsunami atingir o Japão, em 2011.

Em 2014, recebeu o Prêmio Pritzker, conhecido como o “Prêmio Nobel da Arquitetura”, como reconhecimento pela sua participação inovadora na arquitetura.

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