Arquitetos visitarão 75 áreas de favelas do Rio
Morar Carioca contratou 40 escritórios de arquitetura, a fim de planejar a reurbanização das favelas cariocas até 2016
05 de julho de 2011 - Daqui a uma semana, começa um novo período de reurbanização de favela no Rio de Janeiro, com o Programa Morar Carioca, a ser tocado pela Secretaria municipal de Habitação em convênio com o Instituto dos Arquitetos do Brasil do Rio (IAB-RJ). O Morar Carioca tem semelhanças com o Programa Favela-Bairro, mas, de acordo com o presidente do IAB-RJ, Sérgio Magalhães, terá uma diferença fundamental:
- A cidade renova o objetivo de reurbanizar suas favelas, acrescido do compromisso de assegurar a presença permanente de serviços públicos, inclusive o da segurança pública - afirmou Magalhães.
O Morar Carioca, após concurso público, contratou 40 escritórios de arquitetura, a fim de planejar a reurbanização das favelas cariocas até 2016, ano dos Jogos Olímpicos do Rio. Nos próximos dias, dez desses escritórios começam a visitar as áreas já devidamente escolhidas.
Essa fase, explicou Sônia Lopes, do IAB-RJ, é sobretudo de diagnóstico. Para isso, o programa contratou o Departamento de Sociologia e Política da PUC, e os professores Maria Alice Rezende de Carvalho e Marcelo Burgos criaram um caderno de diagnóstico.
Este caderno tem por objetivo subsidiar os escritórios de arquitetura para a realização do Diagnóstico Social Participativo, um caderno que explica a importância da fase de levantamento de dados das favelas e contém um questionário-padrão a ser respondido pelos moradores. As respostas servirão para elaborar o que os professores chamam de Índice de Democratização da Cidade (IDC), ou seja, padrões urbanos que não podem faltar numa cidade que se pretende justa.
Entre as dez áreas escolhidas pelo Morar Carioca estão algumas já com Unidade de Polícia Pacificadora (UPP) como as favelas de Santa Teresa; o Morro dos Macacos, em Vila Isabel; o Morro dos Cabritos, em Copacabana.
Fonte: O Globo