AsBEA reúne entidades para debater protocolo de cooperação do Guia de Materiais
Entidade pretende apoiar as empresas com plataforma eletrônica de informação, que apresentará dados relativos a produtos utilizados pela cadeia da construção civil
24 de novembro de 2010 - A AsBEA reuniu em sua sede, na manhã de ontem, 23, representantes de entidades afins para discutir um protocolo de cooperação no sentido de desenvolver um Guia de Materiais, que, utilizando-se de uma plataforma eletrônica de informação, apresentará dados relativos a produtos utilizados pela cadeia da construção civil.
O projeto foi iniciado há dois anos e meio no âmbito do GTS- Materiais (Grupo de Trabalho de Sustentabilidade), coordenado pela arquiteta Milene Abla Scala, que participou da reunião ao lado do presidente da AsBEA, Ronaldo Rezende.
Pela Associação Brasileira da Indústria de Materiais da Construção (Abramat), estiveram presentes o seu presidente-executivo, Melvyn David Fox, e Laura Marcellini. O SindusCon-SP (Sindicato da Indústria da Construção) foi representado por Lilian Sarrouf, enquanto o Secovi-SP (Sindicato da Habitação), teve como representante o vice-presidente de Sustentabilidade, Ciro Scopel.
Já o Conselho Brasileiro de Construção Sustentável (CBCS), que já tem trabalhado ao lado da AsBEA no projeto, enviou como representante, Diana Csillag. Ainda pela AsBEA, estiveram presentes Eloise Amado, Ana Lucia Siciliano, Marcio Porto e Andrea Gouveia.
Obra a várias mãos
O encontro foi aberto pelo presidente da AsBEA, Ronaldo Rezende, que destacou a importância do Guia de Materiais, e enfatizou que cabe ao setor fazer com que a sustentabilidade seja mais do que uma jogada de marketing. "Uma obra para ser realizada a várias mãos", reforçou Rezende.
A coordenadora do GTS-Materiais da AsBEA, Milene Abla Scala, onde a proposta nasceu, explicou que o Guia será uma ferramenta muito importante para toda a cadeia da construção civil, em especial para os escritórios de arquitetura.
Segundo Milene, o propósito inicial do projeto é integrar todas as entidades envolvidas na cadeia da construção. Lembrando que até aqui tudo foi feito com trabalho voluntário, Milene destacou ser esse um momento crucial, pois é a hora de tirar a idéia do papel e transformá-la numa realidade, o que exigirá, entre outras iniciativas, a captação de patrocínios.
Nivelando o conhecimento - Em nome do Secovi-SP, Ciro Scopel elogiou a proposta do Guia, que, segundo ele, pode "nivelar esse conhecimento em toda a cadeia produtiva".
Ele também propôs que cada material tivesse as especificações, como ponto de partida, feitas pela ABNT (Associação Brasileira de Normas Técnicas).
Lilian Sarrouf, representante do SindusCon-SP, destacou que a preocupação do grupo nesse guia é estar endossando marcas ou produtos.
Segundo ela, tudo começou por conta de um site da Fundação Getúlio Vargas, que elencava materiais sustentáveis, atendendo diretrizes do governo federal no programa A3P (Compras Sustentáveis). Posteriormente, a própria FGV entendeu que para materiais no setor da construção a situação é mais complexa. "Hoje", frisou Lilian, "a discussão de critérios de sustentabilidade está envolvendo ministérios, ABNT e outros agentes".
O presidente da Abramat, Melvyn Fox, disse que tudo o que se refere ao guia é viável, mas será um trabalho demorado. "Temos que começar com alguns parâmetros", comentou.
Entre outras deliberações, ao final da reunião, ficou definido que a AsBEA revisará o protocolo de cooperação em seu formato de envolvimento das entidades como apoio institucional, encaminhando a nova proposta até o dia 30/11.
Fonte: AsBEA