BNDES disponibiliza R$ 10 milhões para financiamento de projetos de construção
Objetivo é apoiar o setor habitacional para que seja cumprida a meta de construção de um milhão de moradias
03 de dezembro de 2009 - Dez milhões de reais. Este é o valor que empresários da construção civil podem financiar para realizar projetos de investimento, por meio do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES).
A informação foi repassada por Fernão de Souza Vale, representante técnico do BNDES, a 200 empresários do setor que participaram de um encontro na terça-feira (1º), no Cietep, em Curitiba.
“A inovação proporciona mais qualidade e competitividade, e o BNDES incentiva investimentos nesta área”, afirmou o presidente da Fiep, Rodrigo da Rocha Loures, ressaltando que a parceria entre a entidade e o banco serve para impulsionar o desenvolvimento industrial do Paraná.
“Há anos a Fiep mantém parceria com o BNDES a fim de colher e divulgar elementos que dinamizem as operações burocráticas e práticas para o desenvolvimento de cada setor industrial, no caso, o da construção civil, que é muito forte em nosso Estado”, acrescentou Rocha Loures.
O objetivo das linhas de financiamento do BNDES é apoiar o setor habitacional para que seja cumprida a meta de construção de um milhão de moradias no País, definida pelo programa habitacional Minha Casa, Minha Vida.
“A intenção é estimular o aumento do patamar de qualidade das empresas da cadeia de produção do setor de construção, por meio do programa BNDES Construção Civil/Qualidade Construção, que promove investimentos na ampliação da capacidade produtiva de fabricantes de sistemas construtivos industrializados destinados à habitação”, informou Vale.
De acordo com ele, o financiamento pode chegar a R$ 10 milhões. “Disponibilizamos até R$ 10 milhões para a empresa, e esse valor pode ser pago em até 10 anos e o financiamento é de até 100% para as micro, pequenas e médias empresas e de até 80% para empresas de grande porte”, revelou.
O evento foi promovido pela Federação das Indústrias do Estado do Paraná (Fiep), por meio de sua Gerência de Fomento e Desenvolvimento, em parceria com o banco e com o apoio do Sindicato da Construção Civil (Sinduscon).
Ampliação e modernização
Empresas de construção de edifícios, fabricação de estruturas metálicas e fabricação de casas pré-moldadas de concreto podem dispor da linha BNDES Construção. “Apoiamos ações de implantação, modernização e expansão de unidades industriais, implantação de processos de montagem de sistemas construtivos, desenvolvimento de novos produtos e investimentos socioambientais”, informou Vale.
Os itens devem estar vinculados a projetos de investimentos, e as empresas devem ter controle nacional, sede e administração no Brasil.
Outra linha interessante para o setor da construção é a BNDES Qualidade, que beneficia empresas fabricantes de materiais, componentes e sistemas construtivos para o setor de construção civil e de construção de edifícios.
“Processos de certificação, adequação às normas técnicas do setor, implementação de sistemas de gestão de qualidade, melhoria de qualidade de processos e produtos são apoiados pelo banco”, revelou Vale.
Segundo ele, o financiamento é variável. “Podemos financiar até 100% de um projeto, porém é preciso avaliar cada situação e em qual linha de investimento ela se enquadra”, disse Vale, ressaltando que para o setor da construção civil, as linhas são disponibilizadas indiretamente, com agente financeiro como intermediador.
“Também dispomos do BNDES FGI - Fundo de Garantia de Investimento, que serve para ampliar o acesso ao financiamento às micro e pequenas empresas, de qualquer setor”, informou ele.
Para aprovação do financiamento de Projetos de Investimento - que visem a implantação, expansão da capacidade produtiva e modernização de empresas, alguns requisitos são exigidos.
“Para ser apoiada, a empresa precisa ter capacidade de pagamento, cadastro comercial satisfatório, estar em dia com as obrigações fiscais e previdenciárias, não estar em regime de recuperação de crédito, dispor de garantias para cobrir o risco da operação e cumprir as exigências da legislação ambiental”, explicou Vale.
Fonte: Diário do Noroeste - PR