Bom desempenho da construção deve persistir nos próximos meses
Visão foi transmitida pelo vice-presidente de Economia do SindusCon-SP, Eduardo Zaidan
28 de maio de 2012 - Apesar do agravamento da crise financeira internacional e da desaceleração do crescimento da economia brasileira, a construção deverá manter um bom desempenho nos próximos meses. Contudo, ainda é cedo para prever o cenário futuro do setor, que deve se precaver e manter abertas as “saídas de emergência”.
Este foi a visão transmitida pelo vice-presidente de Economia do SindusCon-SP, Eduardo Zaidan, na Reunião de Conjuntura da diretoria do sindicato, realizada em 22 de maio. Segundo ele, as construtoras, na presente conjuntura, não devem fazer investimentos ou assumir custos fixos que não possam ser rapidamente desmontados caso a crise financeira se agrave. Devem, ainda preservar o caixa, ou a possibilidade de retorno rápido a um caixa confortável.
Na ocasião, a coordenadora de estudos da Construção do Instituto Brasileiro de Economia da FGV, fez uma apresentação, com dados que comprovam que o setor se mantém como importante impulsionador do emprego, da renda e da atividade econômica.
Ana Castelo manteve a estimativa de que a construção brasileira deverá crescer perto de 5% em 2012. Argumentou que o consumo de cimento acumula crescimento de 11,2% nos três primeiros meses deste ano, e que o emprego na construção se elevou em 7,7% no acumulado do primeiro quadrimestre.
Ela também mostrou que em abril a escassez de mão de obra qualificada continuava sendo a principal limitação à melhoria dos negócios – embora tenha diminuído 10% em relação a sondagem de março –, seguida pela competição no próprio setor, segundo sondagem feita junto aos empresários, divulgada recentemente pelo Ibre/FGV. A enquete mostrou que os construtores continuam com expectativas otimistas, embora não em grau tão elevado como no mesmo período do ano passado.
A economista ainda mostrou que a indústria de materiais de construção registrou em abril utilização de 87% de sua capacidade instalada, contra 87,6% em março e 88,3% em fevereiro.
Fonte: Sinduscon - SP