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Bradesco prevê liberar mais crédito para moradias

Texto: Redação AECweb

Estimativa do banco para a destinação de empréstimos a construtoras e mutuários neste ano subiu de R$ 6,5 bilhões para R$ 7,5 bilhões.

29 de julho de 2010 - O Bradesco está mais otimista em relação ao crescimento de sua carteira de crédito imobiliário, que foi um dos destaques das demonstrações financeiras do segundo trimestre, quando o lucro do banco subiu 4,7%, para R$ 2,405 bilhões.

A estimativa do banco para a destinação de empréstimos a construtoras e mutuários neste ano subiu de R$ 6,5 bilhões para R$ 7,5 bilhões, o que corresponde a um acréscimo de quase 60% sobre os financiamentos de 2009, quando o Bradesco liberou R$ 4,7 bilhões em crédito imobiliário, garantindo a construção e compra de 34,63 mil imóveis.

Durante teleconferência com jornalistas sobre os resultados trimestrais do banco, o presidente do Bradesco, Luiz Carlos Trabuco Cappi, justificou a revisão pelo desempenho acima das expectativas no primeiro semestre.

No período, a chamada originação de empréstimos imobiliários totalizou R$ 4,234 bilhões, sendo R$ 1,846 bilhão no primeiro trimestre e R$ 2,388 bilhões no período de abril a junho. "A demanda é evidente e por isso houve a revisão", afirmou Trabuco.

Domingos Abreu, vice-presidente executivo da instituição financeira, destacou que esse crescimento acompanha um avanço dos mutuários finais na participação dos empréstimos do banco para moradias. Do primeiro para o segundo trimestre deste ano, a fatia desses tomadores sobre o total liberado pelo banco subiu de 18% para 24%. As parcelas remanescentes dessas percentagens correspondem ao crédito para construtoras.

Para as demais linhas de crédito, o Bradesco manteve suas projeções, que incluem o crescimento de 16% a 20% no saldo de empréstimos no segmento de pessoa física, e um avanço de 25% a 29% na carteira das empresas (pessoa jurídica).

"Estamos confiantes que teremos sucesso em alcançar essas metas", assinalou Abreu. Em 12 meses finalizados em junho, o crédito da instituição financeira ao consumidor (pessoa física) teve expansão de 20,7%, para R$ 89,648 bilhões. No mesmo período, a carteira de crédito a micro, pequenas e médias empresas se expandiu em 21,4%, chegando a R$ 72,315 bilhões.

Os dois segmentos puxaram a expansão de 15%, para R$ 244,788 bilhões, da carteira de crédito total do Bradesco em um ano. Com comportamento mais tímido, os empréstimos para grandes empresas - que estão recorrendo mais aos mercados de capitais para captar recursos - subiram 6,8% em 12 meses, chegando a R$ 96,652 bilhões em junho.

Durante a teleconferência, Abreu classificou como uma "acomodação saudável" os sinais de desaceleração da economia brasileira, como os números da Confederação Nacional da Indústria (CNI) que apontaram hoje menor ritmo de crescimento da atividade industrial.

"Isso é um movimento de acomodação saudável da economia, que crescia a um ritmo acelerado", afirmou Abreu aos jornalistas. A previsão do banco é de um crescimento de 7,5% do Produto Interno Bruto (PIB) neste ano.

Fonte: Globo Online – RJ

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