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Bradesco vê alta de 20% da carteira de crédito em 2010

Texto: Redação AECweb

Banco ainda visualiza que crédito imobiliário atingirá 10% do PIB nos próximos 5 anos

16 de outubro de 2009 - O Bradesco elevou a previsão de expansão do crédito em 2009, da faixa de 8 a 12 por cento para o intervalo de 12 a 15 por cento. Para 2010, a carteira de empréstimos do banco pode alcançar crescimento de 20 por cento.

"Este ano, o crédito ainda está impactado pelo baixo crescimento que teve no primeiro trimestre. Mas, a partir de julho, o crédito passou a crescer em taxas positivas e competitivas", disse a jornalistas nesta quinta-feira o presidente do Bradesco, Luiz Carlos Trabuco.

Segundo ele, boa parte do aumento do crédito estimado para 2010 "já está contratado" pelo comércio, indústria e agricultura.

"O crédito se nutre muito da capacidade do aumento do investimento e do capital de giro que as empresas acabam demandando para ativar sua capacidade produtiva", observou. "O ano de 2010 é um ano de crescimento forte, que vai dar um resíduo grande para 2011", prosseguiu.

"De janeiro a dezembro do ano que vem, podemos ter um crescimento de 20 por cento", disse Trabuco a jornalistas, após participar de evento do setor de telecomunicações.

Segundo ele, os bancos privados estão acelerando a oferta de crédito, após o aumento da presença dos públicos na concessão de empréstimos entre o final do ano passado e primeira metade de 2009 -sob orientação do governo.

"Os bancos públicos são mais adequados em determinados momentos em que se requer uma ação anticíclica", reconheceu. "Num momento anterior, o sistema privado teve um crescimento do crédito maior. Se você olhar um período maior, você vê que os dois estão cumprindo com seu papel."

Crédito imobiliário
O Bradesco antevê uma alta "exponencial" do crédito imobiliário, que hoje equivale a 3,5 por cento do PIB, conforme Trabuco.

"Estamos visualizando que o crédito imobiliário nos próximos cinco anos possa atingir 10 por cento do PIB", disse, citando o déficit habitacional do país de 8 milhões a 11 milhões de moradias.

Como os financiamentos para compra da casa própria são de longo prazo, o presidente do Bradesco saudou a proposta de autorização, pelo Banco Central, para que os bancos captem recursos através da emissão de debêntures.
"Você passa a ter instrumentos com prazos alongados... É importante termos um casamento entre ativos e passivos, de indexadores e prazos", comentou. Ele acredita que a autorização para emissão de debêntures pelos bancos deve ser aprovada pelo BC no início de 2010.

Fonte: GloboNews - RJ

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