Brasil já é o quarto país em ranking de edifícios verdes
Mercado brasileiro fica atrás dos Estados Unidos, Emirados Árabes e China
04 de maio de 2012 - Tendo a seu favor os diversos projetos sustentáveis que estão ligados à Copa do Mundo 2014 e aos Jogos Olímpicos 2016, o mercado brasileiro está atualmente entre os cinco países que mais têm edifícios verdes registrados em todo o mundo. Com base na certificação americana LEED (Leadership in Energy and Environmental Design), o Brasil tem hoje 504 empreendimentos em construção que pretendem atender as exigências necessárias para se obter a certificação de Green Building.
Em número de projetos na área, o mercado brasileiro fica atrás dos Estados Unidos - que tem projeto como o da Universidade de Harvard, da foto ao lado - , Emirados Árabes e China. "O Brasil já tem posição importante nesse cenário", diz Roberto Souza, diretor-presidente do Centro de Tecnologia de Edificações (CTE), consultoria especializada em construção civil que atua em 180 projetos sustentáveis no país. Entre os empreendimentos trabalhados pela empresa, estão estádios e centros esportivos voltados para os grandes eventos, hotéis, hospitais e edifícios corporativos.
Para se ter uma ideia da evolução desse mercado, o país teve apenas um empreendimento registrado em 2006. E de acordo com a avaliação do CTE, a média hoje é de um novo registro por dia útil. "O grande salto na área foi a partir de 2010 e devemos chegar ao final desse ano próximo dos 700 edifícios verdes registrados", comenta Souza, citando que a realização do Mundial de futebol e dos Jogos Olímpicos incentiva o mercado.
Economia no longo prazo
Segundo o diretor-presidente do CTE, não há como definir um valor de investimento médio para um edifício verde, o que depende das características do projeto, mas o custo é entre 1% e 6% maior. "Apesar do investimento inicial, a economia que um empreendimento certificado gera entre 30 e 40 anos é de 40%", afirma Souza.
Ao todo, são seis normas de desempenho ambiental avaliadas, que são: eficiência energética, redução do consumo de água, uso de materiais reciclados, qualidade do ambiente interno, localização (próximo a metrô, bicicletário, etc) e inovação tecnológica. De acordo com os índices em prol do meio ambiente alcançados em cada uma das normais, o empreendimento recebe um tipo de certificação que varia entre básica, prata, ouro ou platina. Só na utilização de energia, por exemplo, o edifício precisa ter uma redução de no mínimo 10,5%. Já nos benefícios ao meio ambiente, um empreendimento pode diminuir em 30% o consumo de energia, 35% as emissões de carbono, 30% a 50% o consumo de água e até 90% o descarte de resíduos.
Fonte: Brasil Econômico