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Brookfield consegue R$ 366 mi em oferta

Texto: Redação AECweb

Recursos captados serão usados para quitar dívidas que venciam neste ano ou que tinham um custo mais caro para a companhia

29 de janeiro de 2010 - Desde julho de 2008 sem uma oferta pública de debêntures do setor de incorporação imobiliária, a Brookfield testou neste começo de ano o apetite dos investidores. Inicialmente prevista para alcançar R$ 300 milhões, a oferta chegou a R$ 366,06 milhões, informou a empresa.

Apesar de não ter alcançado o patamar máximo de R$ 405 milhões, que viriam pela colocação total do lote suplementar, a Brookfield conseguiu reduzir a remuneração a ser paga aos investidores. Para os papéis da 1ª série, a taxa inicialmente proposta correspondia ao Depósito Interfinanceiro (DI) mais 2,2% ao ano, mas caiu para DI mais 2%. Já para a segunda série, menos demandada, não houve mudança, mantendo-se em 9,5% ao ano mais a variação da inflação medida pelo IPCA.

Os compradores preferiram as debêntures da 1ª série, ficando com R$ 284,6 milhões. Uma das explicações pode estar no prazo mais curto de vencimento dos papéis, que são de 4 anos, ante os 6 anos da 2ª série.

Os recursos captados pela Brookfield serão usados para a quitação de uma série de dívidas que venciam neste ano ou que tinham um custo mais caro para a companhia. Mais dinheiro ainda pode entrar na construtora se o International Finance Corporation (IFC) vier a subscrever novas ações da empresa, conforme negociações iniciadas em setembro.

Depois que a incorporadora Klabin Segall, atual Agre Empreendimentos, teve de chamar os investidores para renegociar duas emissões de debêntures, em um total de R$ 432,5 milhões, os investidores ficaram receosos de comprar papéis do setor. As negociações com os credores levaram mais de quatro meses e resultaram em taxas mais altas, reescalonamento da quitação da dívida e flexibilização de cláusulas de obrigações.

Outras emissões de debêntures estão por vir. A incorporadora mineira MRV já aprovou em reunião do conselho a colocação de R$ 400 milhões para aquisição de terrenos e para capital de giro.

Fonte: Valor Econômico

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