Cabral diz que pediu ao governo federal mudanças no Minha Casa, Minha Vida
Governador pediu a autorização para que 100% das unidades construídas através do programa sejam destinadas a moradores da áreas de risco das cidades afetadas
18 de janeiro de 2011 - O governador Sérgio Cabral confirmou nesta segunda-feira que solicitou ao governo federal mudanças nas regras do programa habitacional "Minha Casa, Minha Vida" para as cidades atingidas pelas chuvas. Cabral disse que pediu ao governo a autorização para que 100% das unidades construídas através do programa sejam destinadas a moradores da áreas de risco das cidades afetadas. Em entrevista no Rio, o vice-presidente Michel Temer disse que a presidente Dilma Rousseff está reunida com ministros para definir ações de ajuda às cidades do Rio, inclusive sobre o Minha Casa, Minha vida.
Cabral afirmou que na capital todas as unidades do programa deverão ficar prontas este ano, dando a entender que, se aprovada, a regra também valeria para o Rio. “O mapeamento feito pela Geo-Rio aponta que o Rio tem hoje 18 mil imóveis em áreas de alto risco na cidade. Se a mudança for permitida isso resolveria por exemplo dois terços do problema da capital”, disse ele.
Ele negou ainda que esteja havendo falta de coordenação dos trabalhos de resgate e assistência aos desabrigados na Região Serrana: “Os jornais não apontam isso, muito pelo contrário. Os jornais mostram que tem muita estrutura do governo federal e do estadual ajudando os muncípios. Eu falei há duas horas com (o vice-governador Luiz Fernando) Pezão e com o general Heleno que estavam no meio da rua em Friburgo com secretários meus, Exército, Marinha, e Aeronáutica, além de máquinas e tratores contratados pelos governos federal e estadual, todos trabalhando. O que há efetivamente é uma situação de tragédia e dela ações que se dão de várias maneiras”.
Cabral voltou a falar sobre a imrpessão que teve ao sobrevoar a região devastada pela primeira vez. “Foi a combinação da força da natureza com áreas inacessíveis, onde as montanhas derreteram. É uma avalanche tropical que infleizmente aconteceu em áreas onde moram pessoas”.
Perguntado sobre quando começarão a ser liberadas as verbas para reconstrução dos municípios em estado de calamidade pública, Cabral não quis estabelecer prazos nem divulgar valores. “Quando você verifica que tem 2 mil bombeiros nestas cidades, isso é verba. Equipamentos, carros, medicamentos, tratores, isso tudo é verba. Estamos contratando os serviços de limpeza extraordinário para as cidades. Há até três centenas de máquinas rodando no município. Isso é dinheiro”.
Cabral disse que deverá liberar cerca de R$ 30 milhões através da Secretaria Estadual de Saúde para que os municípios afetados possam usar em gastos de saúde da população.
Fonte: Globo Online - RJ