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Caixa e Estado de SP contrataram apenas 1,5% das moradias populares previstas

Texto: Redação AECweb

Meta é construir 13 mil casas com dinheiro do banco estatal até 2012

14 de abril de 2010 - Um ano após o lançamento do Programa Minha Casa, Minha Vida, a Caixa Econômica Federal e o governo do Estado de São Paulo cumpriram apenas 1,5% das contratações de moradias populares para famílias com renda mensal de até três salários mínimos (R$ 1.530) previstas para ocorrer até 2012. Firmado em março deste ano, o único contrato conjunto prevê a construção de 195 casas na cidade de Mogi Guaçu (a 174 km de SP), enquanto a meta é entregar 13 mil casas em dois anos.

De acordo com o Ricardo Costa, técnico da CDHU (Companhia de Desenvolvimento Habitacional e Urbano) e assessor da Secretaria de Habitação, novos projetos de moradias populares devem sair em breve nas cidades de Pirassununga (213 km de SP), Itapetininga (a 171 km da capital), Fernandópolis (distante 567 km) e Caraguatatuba (176 km de SP).

“As unidades habitacionais que estão sendo construídas custam cerca de R$ 60 mil cada uma. A Caixa entra com R$ 46 mil e a CDHU com R$ 14 mil. As famílias, que ganham entre um e três salários mínimos [entre R$ 510 e R$ 1.530], têm até 25 anos para pagar o imóvel e o valor da parcela mensal não ultrapassa 15% da renda”, afirma.

De acordo com o secretário de Habitação de São Paulo, Lair Krähenbühl, a Pasta e a Caixa Econômica Federal estão trabalhando em conjunto e afirmou que "o problema hoje [para financiar a construção de moradias] não é dinheiro, é de gestão".

“O relacionamento com a Caixa é bom, mas a Caixa tem uma série de projetos... Ela não estava tão preparada [para lidar com a demanda do Minha Casa, Minha Vida], apesar da ótima boa vontade da Caixa Econômica Federal. No Brasil, é um agente financeiro único e como é voltada à habitação popular, ela tem que se adaptar a essa demanda crescentes”, disse.

O empreendimento de Mogi Guaçu terá seis prédios com quatro andares, com apartamentos de 44,73 m² de área construída. São dois dormitórios, sala, cozinha e área de serviço e o condomínio contará com playgroud, centro comunitário e uma quadra poliesportiva.

Atualmente, déficit habitacional atual no Estado de São Paulo é de 880 mil moradias. Os dados são da própria Secretaria de Habitação. O déficit habitacional é a quantidade de casas que precisam ser construídas para dar casa própria a quem paga aluguel ou não tem onde morar.

Fonte: R7 - SP

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