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Caixa lançará R$ 500 mi em títulos imobiliários até o fim de setembro

Texto: Redação AECweb

Resultado positivo no primeiro semestre representa expansão de 95,1%

22 de julho de 2010 - A Caixa Econômica Federal fará em setembro a primeira incursão no mercado de securitização. O banco lançará R$ 500 milhões em Certificados de Recebíveis Imobiliários (CRI), disse o vice-presidente de Finanças da Caixa, Márcio Percival. Até o final do ano, mais outra emissão de CRI deve ser feita, também de R$ 500 milhões. "Estamos finalizando a modelagem da operação. O mercado de securitização precisa ser dinamizado", disse. Percival não vê problemas de funding para o setor imobiliário com o esgotamento de recursos da poupança. Ao contrário, ele diz que as fontes de recursos estão se diversificando. "Há várias alternativas de financiamento", diz.

A Caixa fechou o primeiro semestre com um total de R$ 34,1 bilhões em sua carteira de crédito imobiliário. O resultado representa expansão de 95,1% em relação a igual período de 2009 e já é maior que todo o montante aplicado em moradia no ano de 2008. O número também representa quase sete vezes o que foi emprestado em 2003. Segundo Percival, o banco público tem feito de 4 mil a 4,5 mil contratos de financiamento por dia. A previsão é de que até o fim deste ano a aplicação de recursos em crédito imobiliário supere R$ 60 bilhões.

Sobre a discussão de que as taxas do compulsório podem ser reduzidas para bancos que emprestam muito para habitação, Percival diz desconhecer o assunto, mas avalia que a redução é "bem-vinda". "É um funding a mais para o setor."

Letras financeiras

Ontem, a Caixa emitiu R$ 1 bilhão em letras financeiras (LF), espécie de debêntures para os bancos criadas pelo governo no final do ano passado. O banco público planeja fazer novas captações com as letras e lançar mais R$ 2 bilhões nos próximos meses, segundo Percival. O dinheiro será usado para expansão do volume de empréstimos.

Segundo Percival, o custo da LF ainda é alto quando comparado com o de outras fontes de captação, como o Certificado de Depósito Bancário (CDB). "Mas a Caixa quer diversificar suas fontes de funding, especialmente com instrumentos de longo prazo", diz ele.

A emissão da Caixa foi privada, voltada para um grupo pequeno de investidores, que inclui clientes do banco e outros do mercado. As taxas não foram reveladas. As letras financeiras foram regulamentadas pelo Banco Central em fevereiro deste ano, mas ainda não decolaram. A emissão da Caixa foi a terceira do mercado. O Banco do Brasil emitiu R$ 1 bilhão e o Santander lançou R$ 500 milhões recentemente. Percival diz que as letras são um instrumento importante, mas precisam passar por melhorias. "Esse instrumento é novo, o custo de captação é alto e não há mercado secundário", diz ele.

Fonte: DCI - SP

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