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Carga tributária e falta de mão de obra qualificada afetam construção civil

Texto: Redação AECweb

Outros problemas foram as condições climáticas, taxas de juros elevadas e competição acirrada

10 de fevereiro de 2010 - A alta carga tributária e a falta de trabalhadores qualificados foram os principais problemas que afetaram a indústria da construção civil no último trimestre do ano passado, segundo constatou a Sondagem da Construção Civil de dezembro, divulgada ontem pela Câmara Brasileira do setor (Cbic) e da Confederação Nacional da Indústria (CNI).

A carga tributária foi apontada por 60,7% das empresas e a falta de trabalhadores qualificados, por 53% das empresas. Entre as grandes empresas, especificamente, a carga tributária correspondeu a 64,5% das reclamações.

Outros problemas foram as condições climáticas (36,7%), taxas de juros elevadas (31,5%) e competição acirrada (23,3%).

A sondagem também mostrou que a expectativa para este ano é de elevação de investimentos, de atividade, de compra de matérias-primas e de novas contratações. A expectativa do nível de atividade para 2010 é de 70,6 pontos e a de novos empreendimentos, de 70. Acima de 60 pontos ficaram as compras de insumos e matérias-primas, com 69,7, e as novas contratações, com 66,8.

Em relação ao quarto trimestre do ano passado, a pesquisa mostrou que a margem de lucro foi satisfatória para a construção civil e ficou em 51,8 pontos. O lucro foi mais satisfatório para as grandes empresas, que superaram a média do setor, ficando em 57 pontos. Para as pequenas, a situação foi inversa: ficaram abaixo da média, com 48,2 pontos.

A situação financeira foi satisfatória para os três grupos de empresas consultadas, cuja média no quarto trimestre do ano passado foi de 56,9 pontos. No acesso ao crédito, a média também ficou acima de 50 pontos, marcando 54,6 pontos.

Contudo, as pequena empresas sentiram ais dificuldade de acesso ao crédito e tiveram média de 48,7 pontos.

De acordo com o indicador, o nível de atividade no setor aumentou em dezembro do ano passado, ficando em 53,7 pontos. O nível ficou acima de 50 pontos em todos os grupos de empresas. O nível de atividade efetiva também ficou acima de 50, com média de 53,2 pontos.

A média da evolução do emprego também passou de 50 em todos os grupos de empresas, ficando em 53,6 pontos no quatro trimestre de 2009. A evolução foi maior nas grandes empresas, com 56,1 pontos, mas as médias e pequenas registraram, respectivamente, 52,9 e 51,8 pontos.

A Sondagem da Construção Civil está em sua primeira edição e, de acordo com a CNI e a CBIC, será realizada mensalmente. Com a sondagem da construção, 88% do Produto Interno Bruto (PIB) da indústria e 98% do emprego serão analisados pela CNI, que já faz a sondagem da indústria de transformação e extrativa.

Fonte: Tribuna do Brasil - DF

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