CDHU vai instalar aquecedores solares em novas casas
Companhia licitará equipamentos para as novas casas que estão em construção no Estado de SP e assinará acordo com seis empresas que fornecerão o produto
07 de maio de 2009 - A Companhia de Desenvolvimento Habitacional e Urbano (CDHU) assina hoje acordo com seis empresas fabricantes de aquecedores solares para fornecimento de 15 mil kits do equipamento. Eles serão instalados em casas que estão sendo construídas em diversos municípios do Estado de São Paulo.
Desde 2007 a CDHU incluiu o item nos projetos de moradias de interesse social com o objetivo de reduzir as despesas dos mutuários com a conta de luz, economizar energia, principalmente nos horários de pico, e contribuir com a sustentabilidade ambiental.
Em março, a Companhia realizou processo de licitação, na modalidade pregão, que selecionou seis empresas para fornecer os equipamentos para as regiões de Presidente Prudente (2.631 unidades), Campinas (2.423), Araraquara e Ribeirão Preto (2.191), Baixada Santista, Vale do Paraíba e Sorocaba (2.494), Bauru e Marília (2.979), Araçatuba e São José do Rio Preto (2.312 unidades).
A concorrência originou uma "Ata de Registro de Preço" que poderá ser utilizada pelas prefeituras conveniadas com a CDHU para a construção de moradias pelo Programa Parceria com Municípios.
O gestor de Eficiência Energética da CDHU, Eduardo Baldacci, diz que a economia na conta de luz do morador com a instalação dos kits de aquecimento solar, estimada em cerca de 30%, reduzirá também a demanda por energia elétrica nos horários de pico, contribuindo diretamente com a preservação do meio ambiente: "Além de reduzir a conta de luz do usuário, a CDHU está contribuindo para reduzir a necessidade de instalação de novas usinas, impedindo as inundações e o impacto ambiental causados pelas hidroelétricas, bem como a queima de combustíveis fósseis e a poluição, no caso da termoelétricas. Além disso, o dinheiro economizado pelos usuários vai movimentar e aquecer a economia local,", defende Baldacci.
O kit gerador de energia solar para aquecimento da água do chuveiro possui dois componentes básicos: o coletor e o reservatório térmico. O coletor é instalado sobre o telhado e para absorver o calor. A água aquecida é armazenada no reservatório térmico. Para permitir a instalação do equipamento, a CDHU adaptou os projetos de seus modelos de casa.
Os moradores não terão nenhum ônus pela melhoria. Isso porque as prestações da CDHU são calculadas de acordo com a renda dos mutuários, e não com o valor do imóvel. Quanto à necessidade de manutenção dos aquecedores, as empresas fornecedoras dão garantia de 5 anos e asseguram que a vida útil dos equipamentos é de 20 anos.
Desde 2007, a CDHU está investindo na produção habitacional e urbana sustentável com responsabilidade social para assegurar a conservação dos recursos naturais. Por isso, o edital do pregão exigia uma economia de 142,6 kW/mês por residência como uma das condições da concorrência.
As empresas vencedoras tem agora um prazo de 15 dias para apresentar um Plano de Medição e Verificação (PMV), no qual deverão detalhar como essa economia será obtida. A CDHU, por sua vez, vai verificar, durante um ano, se os equipamentos atendem às especificações. "Os que não atenderem a regra deverão ser substituídos", diz Eduardo Baldacci. A instalação dos kits começam logo após a entrega dos PMVs.
Conjuntos antigos já estão sendo beneficiados
Além da compra dos novos kits de aquecimento solar, em 2008 a CDHU assinou protocolos de cooperação com as distribuidoras Bandeirante Energia e CPFL Energia. Pelos acordos, serão doados de 10.800 aquecedores solares a serem instalados em conjuntos já entregues pela Companhia.
As medidas contidas nesses protocolos estão de acordo com o Programa de Eficiência Energética (PEE), previsto na legislação em vigor e nas resoluções da Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel) que regulamentam a matéria. Além da instalação dos equipamentos, preveem, por exemplo, campanhas educativas e de divulgação.
Compra em larga escala diminui custo
A prática da compra de material em larga escala gera uma economia substancial à CDHU. Em 2008, foram licitados um milhão de metros quadrados de pisos e azulejos, e foi registrada uma ata de preços para compra de estruturas metálicas de cobertura, para substituir a madeira utilizada nos telhados.
Segundo Abukater Neto, a medida é parte de uma nova política implementada pelo Estado para a construção de moradias populares e representa uma mudança de paradigma na construção civil. "Com esses pregões, obtemos bons preços, qualidade e agilidade na compra de materiais de construção", defende. A CDHU pretende abrir concorrência para aquisição de caixilhos, portas, louças e metais, kits hidráulicos e elétricos.
Fonte: Imprensa CDHU