Certificação verde é mais procurada por empreendimentos comerciais
90% dos empreendimentos etiquetados com o Leed são comerciais, prédios públicos e industriais, de acordo com levantamento do GBC Brasil
11 de maio de 2011 - A sustentabilidade está em destaque na construção há alguns anos, mas quem mora em residenciais parece ainda não ter força para exigir certificação verde de condomínios.
Segundo levantamento do GBC Brasil (Green Building Council), 90% dos empreendimentos etiquetados com o Leed (da sigla Liderança em Energia e Design Ambiental, em inglês) são comerciais, prédios públicos e industriais.
No caso da certificação Aqua, concedida pela Fundação Vanzolini, apenas 9 dos 29 empreendimentos com o selo são residenciais.
"Grandes corporações já exigem que seus edifícios tenham a certificação para fechar a locação, elas impõem o padrão de exigência que já é seguido em países com regras mais rígidas de construção ", explica Felipe Faria, gerente operacional do GBC Brasil.
Desse ponto de vista, o público do residencial ainda tem menor conhecimento sobre o assunto e poder de persuasão.
O ponto crucial levantado por construtoras é o custo da obra, que pode se elevar em torno de 2% a 7% em empreendimentos sustentáveis.
Mas o consumo de energia em condomínios verdes pode ser reduzido em até 30%, e o de água, em até 50%, o que diminui o custo de operação dos edifícios.
Olimpíadas
A fim de aumentar a qualidade da construção civil, o GBC Brasil tem feito um esforço junto ao poder público para que ele incite à cultura de obras verdes.
"Fomos convidados pelo COB [Comitê Olímpico Brasileiro] para elaborar os critérios de sustentabilidade que guiará as obras feitas para os Jogos Olímpicos", conta Faria. Os critérios devem valer não apenas para as instalações deportivas, mas também para hotéis.
De acordo com Faria, cinco estádios da Copa também estariam registrados com pedido de certificação Leed.
Fonte: Folha de São Paulo