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Cidade de Santos sofre com falta de qualificação dos operários

Texto: Redação AECweb

De 2.099 candidatos a funções comuns em um canteiro de obra, apenas 13,8% têm o Ensino Fundamental completo

31 de março de 2010 - A falta de qualificação é a maior responsável pela invasão de operários da construção civil em Santos. É o que mostram os dados do Centro Público de Emprego (CPE), mantido em parceria entre a Prefeitura e Estado. Lá existem 2.099 candidatos a funções comuns num canteiro de obras. Porém, só 13,8% têm o Ensino Fundamental completo, frequentemente exigido pelos contratantes.

Além da descentralização da renda, que em vez de ficar na Baixada Santista vai, muitas vezes, para os familiares dos operários de fora da região, um dos resultados negativos dessa situação é a proliferação de alojamentos precários e insalubres, que há alguns dias passaram a ser combatidos pela Prefeitura de Santos, Gerência Regional do Trabalho e Procuradoria Regional do Trabalho.

Dos 2.099 profissionais cadastrados no banco público de empregos santista, foram identificados apenas 289 candidatos com o Ensino Fundamental Completo. "Há empresas que pedem o Colegial (hoje Ensino Médio). No setor industrial pedem até a 8ª série (Ensino Fundamental). Isso restringe muito", constata o presidente do Sindicato dos Trabalhadores na Construção Civil e Manutenção Industrial (Sintracomos), Geraldino Cruz Nascimento.

Dessa forma, segundo Nascimento, não resta outra alternativa a não ser assistir a importação de operários de fora. "Na Baixada Santista, 15% do pessoal não sabe ler ou escrever. A dificuldade é que um analfabeto não pode ler placas que indicam áreas de risco numa construção", explica o sindicalista.

Fonte: A Tribuna – SP

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