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Cidade que sediou obra de Transposição em Pernambuco sofre com falta de água

Texto: Redação AECweb/e-Construmarket

Das 68 cidades que deveriam receber água da obra de Transposição do Rio São Francisco, em Pernambuco, apenas sete foram beneficiadas

obra da transposição do rio sao francisco
A megaobra de Transposição do Rio São Francisco começou em 2007 (Foto: Fotos: Luiz Carlos de Souza)

10/02/2022 | 17:28 – Na última terça-feira (8), um trecho da obra da Transposição do Rio São Francisco foi inaugurado em Salgueiro, no Estado de Pernambuco. A cidade é um dos 68 municípios que deveriam receber o benefício hídrico, mas não está entre os sete contemplados.

No local, está o Núcleo de Controle Operacional (NOC) da integração do São Francisco, responsável pelo controle do bombeamento das águas do rio para os estados do Ceará, Paraíba e Rio Grande do Norte. O aparato permanece seco.

A cidade fica no sertão pernambucano e sofre com a escassez já há algum tempo. As famílias ficam até 18 dias sem água nas torneiras, dependendo, exclusivamente, de carros-pipa.

A solução para a crise hídrica em Salgueiro é a megaobra iniciada em 2007, a Transposição do Rio São Francisco. Entretanto, mesmo atuando como palco para a inauguração de um trecho da construção, a cidade permanece com escassez de água.

As sete cidades que tiveram acesso aos frutos da obra, até então, são: Pesqueira, Belo Jardim, Sanharó, Tacaimbó, Arcoverde, Alagoinha e São Bento do Uma. Ainda assim, o Ministério da Integração Regional (MIR), comandado por Rogério Marinho, declarou que a obra “orgulha os brasileiros”.

Assim que hidratadas, as instalações em Salgueiro controlarão redes de tecnologia de informação, estações de bombeamento, subestações, estruturas de controle e tomadas de água dos dois eixos do Projeto São Francisco — o Norte e o Leste.

Todavia, a cidade de Salgueiro permanecerá sem água, até que as obras da Adutora do Agreste — uma superestrutura responsável por pegar a água da Barragem do Ipojuca, tratar e levar para as cidades — sejam concluídas. A Adutora é essencial para conduzir a água pelo novo caminho, através de uma rede de 1,5 mil quilômetros.

A obra da Adutora foi iniciada em 2013, com previsão de investimento de R$ 3,2 bilhões iniciais — capital que ainda está em liberação. A previsão de conclusão era para o ano de 2015, o que denota um atraso de seis anos até o momento.

Com 87% de execução, o novo cronograma da Adutora foi atualizado para dezembro de 2023. A segunda etapa ainda não foi conveniada, mas pretender atender 45 cidades.

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