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Com alta de 8% no PIB da construção, demanda por materiais deve crescer em 2010

Texto: Redação AECweb

Agravamento da crise financeira mundial impactou negativamente o desempenho do mercado de material de construção em 2009

17 de dezembro de 2009 - O ano de 2009 para a indústria de material de construção teve grandes oscilações de produção, estoques e vendas, mas as expectativas para 2010 são positivas. O setor estima crescimento de 15,7% na demanda, sustentada pela alta de 8,8% do PIB (Produto Interno Bruto) da construção.

Os dados fazem parte da pesquisa da Abramat (Associação Brasileira da Indústria de Materiais de Construção) elaborada pela FGV Projetos.

"Dessa maneira, as perspectivas são as melhores possíveis para 2010, de que seja um ano sem flutuações e sobressaltos", afirmou o presidente da Abramat, Melvyn Fox.

Ano de 2009
Segundo o levantamento, o agravamento da crise financeira mundial impactou negativamente o desempenho do mercado de material de construção em 2009.

A diminuição do crédito para consumo afetou o comércio desse tipo de produto, que, no auge da crise, em novembro de 2008, viu as vendas recuarem 8,7%. Esse processo se agravou até o início de fevereiro de 2009. Neste mês, as vendas do comércio varejista de materiais haviam acumulado queda de 32,2% em relação a outubro de 2008.

Desde julho, o setor vem se recuperando, sendo que, em outubro, as vendas da indústria já estavam em patamar elevado, equivalente ao verificado em meados de 2008, e a produção de materiais no décimo mês deste ano superou a média do primeiro semestre de 2008, com alta de 6,7%.

Em relação às vendas do varejo em outubro, o estudo destacou que estão 4 pontos percentuais do máximo verificado antes do agravamento da crise econômica.

Emprego no setor
O nível de emprego no setor da construção civil no mês de outubro bateu novo recorde, superando os números de 2007. De acordo com a pesquisa realizada pelo SindusCon (Sindicato da Construção Civil do Estado de São Paulo), foram 30.667 contratações, registrando 2,328 milhões de trabalhadores com carteira assinada em todo o País.

Os sinais de recuperação também foram percebidos na atividade industrial, já que em outubro as taxas de contratações cresceram pelo quinto mês consecutivo. Desde maio, o saldo líquido de contratação atingiu 26.892 trabalhadores .

No entanto, o emprego na indústria ainda não se recuperou das perdas. Neste ano, a queda acumulada até outubro é de 2,1%. Na comparação com outubro de 2008, a baixa é de 2,9%, registrando redução de 20.371 postos de trabalho. Para a Abramat, as taxas de crescimento de emprego deverão se manter positivas nos próximos meses.

Fonte: Infomoney - SP

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