Com estudantes, procura por imóveis no interior de SP aumenta 40%
Um dos destaques nesse crescimento na procura é a cidade de Sorocaba
18 de janeiro de 2011 - A busca por um imóvel em janeiro e fevereiro é intensa. E os locatários, em grande parte, são jovens que procuram por moradia, devido ao início dos estudos universitários. A consequência, segundo o Secovi-SP (Sindicato de Habitação do Estado de São Paulo), é um aumento de até 40% na procura por imóveis, principalmente em cidades do interior.
Um dos destaques nesse crescimento na procura e até nas comercializações de unidades habitacionais é Sorocaba. "Temos mais de 50 instituições na cidade, entre escolas técnicas, faculdades e universidades", afirmou, por meio de nota, o vice-presidente do Interior do Secovi, Flavio Amary. "O mercado imobiliário precisa atender a esse público".
A infraestrutura, de acordo com Amary, é um dos motivos que levam os estudantes a buscar instituições de ensino e imóveis no interior. "Contamos com um mercado pungente, disposto a absorver a demanda dos jovens", disse.
Além de Sorocaba, Campinas também se tornou uma cidade atraente para os estudantes. "Em janeiro, a demanda dispara cerca de 30% acima da de outros meses", afirmou a diretora de Locação do Secovi-SP em Campinas, Rosana Chiminazzo. Segundo ela, imóveis de um e dois dormitórios são os tipos mais procurados pelos estudantes, que mantêm o mercado aquecido até fevereiro.
Piracicaba, Rio Preto e Bauru
Outras cidades do interior também sentem fortes impactos da entrada de novos estudantes. Em Piracicaba, por exemplo, a procura por imóveis no primeiro bimestre aumenta 40%. Segundo o membro da vice-presidência de Locação do sindicato e representante local na cidade, os estoques de imóveis para locação costumam ficar zerados já em março.
Imóveis de um ou dois dormitórios também são bastante procurados por estudantes em Rio Preto. "Muitos chegam a comprar imóveis para, além de servir os filhos durante o período de formação acadêmica, ter um ponto de apoio para a realização de seus negócios na área urbana", afirmou o diretor geral do sindicado no município, Joaquim Ribeiro. Segundo ele, a região Sul de Rio Preto é uma das mais disputadas.
Em Bauru, o crescimento médio de empreendimentos de perfil acadêmico chega a aproximadamente 500 unidades por ano para atender, em grande parte, aos cerca de 40 mil estudantes que vivem na cidade. "A locação é garantida e há tempos registra-se escassez de imóveis no eixo das Nações Unidas, por exemplo", ressaltou o diretor de Vendas e Locação da unidade regional do sindicato na cidade.
São Paulo
Na capital paulista, a procura por aluguel de imóveis também cresce, de acordo com a Lello Imóveis. A demanda é maior por residências localizadas em regiões próximas a universidades, como Perdizes, Higienópolis, Pacembu, Vila Mariana, Moema, Jardins, Pinheiros e na cidade de Santo André.
Segundo a Lello, os imóveis mais procurados nessa época por estudantes são apartamentos de um ou dois dormitórios, em bom estado de conservação e com valor de aluguel entre R$ 1.300 e R$ 2.000.
Fonte: Infomoney - SP