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Condomínio ecológico garante taxa 30% menor

Texto: Redação AECweb

Perfil do empreendimento ecologicamente correto tem se tornado uma tendência

10 de agosto de 2009 - A sustentabilidade no mercado imobiliário para muitos pode soar como um conceito economicamente inviável. Mas ações como reaproveitamento das águas de chuvas, chuveiros e lavabos, coleta seletiva, armazenamento de energia solar, implantação de hidrômetros individuais e outras proporcionam redução de até 30% nas taxas de condomínios, segundo construtoras.

Ao mesmo tempo, engenheiros garantem que esse perfil de empreendimento ‘ecologicamente correto’ tem-se tornado tendência.

Valorização do imóvel e menos agressão ao meio ambiente impulsionaram o empresário Luciano de Souza, 30, a adquirir um imóvel no Residencial Lagoinha, da Toctao Engenharia - empreendimento em Goiás com o primeiro sistema de reaproveitamento das águas da chuva e do subsolo.

Mas foi o valor do condomínio que proporcionou economia ao empresário. Segundo Souza, são cobrados R$ 136 mensais, valor 30% menor em relação às taxas do mercado.

O diretor de Produção da Loft Construtora, Gustavo Veras, destaca que no Ecovillaggio as iniciativas que contemplam os três pilares da sustentabilidade - equilíbrio ambiental, justiça social e viabilidade econômica - representam aumento de 5% no custo total da obra, não repassado ao cliente, segundo o executivo.

"Esse novo conceito de vida torna-se o diferencial da empresa, melhorando a imagem e atraindo novos clientes." Outra diferença, que pode substituir o ar-condicionado, reduzindo em 90% o gasto da máquina com energia elétrica, é o climatizador evaporativo, aparelho que resfria e umidifica o ambiente.

Apesar do aumento no custo da construção, o diretor de desenvolvimento imobiliário da Toctao Engenharia e da GMS Engenharia, Paulo Henrique Ribeiro, explica que o preço final é ditado pelo mercado. "Para oferecer algo a mais é preciso investir, mas o objetivo não é encarecer o projeto e, sim, aumentar a competitividade, oferecendo um produto que já é uma preocupação social", argumenta.

Empreendimentos somam 15% em Goiás
Para confirmar a tendência, o presidente do Sindicato da Indústria da Construção no Estado de Goiás (Sinduscon-GO), Roberto Elias de Lima, frisa que aproximadamente 15% dos empreendimentos imobiliários no Estado já utilizam o perfil ‘ecologicamente correto’.

Para Roberto Elias, a maioria das ações são simples e viáveis. No entanto, pondera que, dos recursos tecnológicos disponíveis, a reutilização da água servida é o item mais oneroso, em função do alto custo das instalações hidráulicas.

Já o Sindicato da Habitação de Goiás (Secovi-GO) elogia o aproveitamento dos resíduos da construção na própria obra. De acordo com o vice-presidente da entidade, Ademir Silva, 20% do lixo da construção era, até então, desperdiçado. "Um bom exemplo, nas obras atuais, é o reaproveitamento de cacos de tijolos para fechar floreiras."

Para constatar o sucesso da sustentabilidade no mercado imobiliário, o diretor da Euroamérica Construtora, Aldair Mota, destaca que os todos os empreendimentos da empresa a serem lançados em Goiás contam com tecnologia que minimizam o impacto ambiental.

Mota aproveita para salientar o diferencial dos imóveis da empresa: acionamento da descarga com duas funções de quantidade de água. Portanto, "para resíduos líquidos é lançado menos água, botão nº 1, e para os sólidos, mais quantidade e pressão, botão nº 2".

Junção da tecnologia com meio ambiente
Com tantos diferenciais de sustentabilidade, construtoras apostam no elo entre tecnologia e natureza. Os métodos vão de pomar e herbário a churrasqueira ecológica. O diretor de Produção da Loft Construtora destaca o sistema de aproveitamento das águas de chuva e chuveiros para a limpeza das áreas comuns, jardim e lavajato. "Usamos também a energia limpa (energia solar) na iluminação da área comum e aquecimento da piscina."

A cobertura com telhado verde, conforme Veras, ameniza o clima local e purifica o ar. Segundo o diretor, as telhas recicláveis (à base de tubo de pasta de dente) são mais duráveis e retêm 30% do calor. Outra novidade disponibilizada pela empresa é a tinta não-tóxica à base de terra, que controla a umidade do ambiente. "Além disso, usamos técnicas mais comuns, como sensores de presença, automação elétrica e hidrômetros individuais."

O presidente do Sinduscon-GO, Roberto Elias de Lima, explica que a energia solar não fica mais restrita ao aquecimento de água. "Agora os painéis são capazes de transformar a energia solar em energia elétrica", conta. De acordo com Roberto Elias, a criatividade não para, são telhas de barro, madeira de reflorestamento, posicionamento estratégico para ventilação cruzada, iluminação natural, etc. "Além da famosa coleta seletiva." É o caso do Ecovillaggio, onde as unidades e o hall dos andares contam com coletores para lixo orgânico e inorgânico, mais espaço de 50 metros quadrados, para armazenamento do lixo separado.

Fonte: Hoje Notícia - GO

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