Condomínios de luxo ganham destaque na construção civil
Texto: Redação AECweb/e-Construmarket
54% dos milionários brasileiros pretendem adquirir um novo imóvel residencial até 2017
22 de agosto de 2012 - À margem da crise financeira mundial, os investimentos dos novos-ricos brasileiros em residências de luxo seguem em alta no País. De acordo com levantamento do banco europeu Haliwell Financial Group, especializado em gestão de fortunas, o segmento no Brasil tem potencial para gerar até R$ 4,6 bilhões em negócios nos próximos cinco anos. Com a finalidade de atender esta nova demanda, construtoras como a Ecocil, do Rio Grande do Norte, e a paulista Senpar investem em condomínios que unem lazer, segurança e moradia.
Conforme o levantamento, 54% dos milionários brasileiros pretendem adquirir um novo imóvel residencial até 2017. "O estudo mostra o potencial do mercado nacional, que passa, em alguns aspectos, à margem da crise financeira mundial", disse Teodóro Lopez, economista, especialista em novos hábitos do consumidor brasileiro e professor da Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ).
Para aproveitar este mercado, a Ecocil entregará, em agosto de 2015, seu primeiro condomínio-clube. Caracterizado por oferecer aos moradores alternativas de lazer, a expectativa da empresa é lançar novos projetos desse padrão na Região Nordeste nos próximos anos. "São condomínios com mais de 20 opções de lazer além de centro náutico e hípico. O conceito clube, surge como opção de economizar tempo, encurtando as distâncias, e de reduzir custos com serviços que só estariam à disposição fora de casa", detalhou Sílvio Bezerra, CEO da Ecocil.
Segundo o executivo, o empreendimento em Natal, cujo nome é Chácara Bonfim, tem valor geral de vendas (VGV) previsto em R$ 150 milhões e o projeto faz parte do plano de expansão da empresa. "Neste segundo semestre nosso foco é o desenvolvimento de novas tecnologias, a aquisição de novas áreas, estamos nos preparando para que 2013 seja mais forte", disse.
No primeiro semestre a empresa já lançou 14% a mais do que no mesmo período de 2011, e Bezerra prevê que essa alta se manterá ao longo do ano. "A Ecocil vem abocanhando boa parte do mercado da construção no Rio Grande do Norte, e exemplo disso foi o resultado que tivemos em abril deste ano, que foi o melhor ano da história da empresa", diz.
Para os próximos lançamentos o CEO mostra otimismo. "Hoje temos um banco de terrenos de R$ 3,5 Bilhões de VGV e mais de 25 mil unidades a serem lançadas." No Rio Grande do Norte a empresa atua, além da área de residencial de luxo, nos empreendimentos comerciais e residenciais para todas as classes sociais. "Atuamos há 64 anos no mercado local, e hoje atendemos as mais diversas demandas. Tanto na área comercial, quando na área residencial", afirmou.
Do outro lado do mapa, uma alternativa de condomínio de luxo foi lançada no último mês em Vinhedo, no interior de São Paulo. O Villas Golfe, que conta com campo de golfe oficial (18 buracos), é a novidade da construtora Senpar, empresa responsável pelos empreendimentos Terras de São José, Terras de São José II e do Complexo SerrAzul, que engloba o Shopping SerrAzul, Outlet Premium, Hotel Quality e os parques da região de Vinhedo.
César Federmann, diretor-geral da empresa, conta que o grupo aportou R$ 30 milhões para a construção do Villas Golfe. Para este ano, outros três empreendimentos estão em andamento e as obras seguem o mesmo perfil. "Nossos lançamentos são todos de alto padrão. Esse ano lançaremos o Fazenda SerrAzul II, o Parque Anhembi e Campos de Sto. Antonio II", garantiu.
O crescimento do mercado de luxo também impulsionará o faturamento previsto para este ano pela empresa. Depois de registrar R$ 140 milhões em faturamento em 2011, a expectativa é obter um crescimento de 65% este ano. "Para isso estamos investindo, ao todo, R$ 80 milhões em novos empreendimentos este ano."
Comerciais de luxo
Outro setor que também tem registrado bons números no Brasil é o segmento de locação de condomínios industriais de luxo, caracterizado por empreendimentos em locais de imóveis muito valorizados, como Alphaville, atingiu, no segundo trimestre o valor mais alto dos últimos dois anos, segundo uma pesquisa da Colliers.
Ao final do segundo trimestre deste ano, o valor médio do aluguel do setor foi de R$ 19,70 por mês por metro quadrado. Com a entrada de novas unidades no mercado nos últimos meses, a taxa de vacância no País subiu de 6%, ao fim de 2011, para 6,8% em junho deste ano.
A expectativa da consultoria é que o índice irá subir mais um pouco e ficar entre 7% e 10% em 2012.
O balanço apontou que, no Estado de São Paulo, a taxa de vacância é de 7,8%, enquanto locais como o Distrito Federal e Ceará registraram as taxas mais elevadas chegando a 32,1% e 30,7%, respectivamente, segundo o estudo. As taxas de Amazonas, Pará e Pernambuco estão em 0%.
Fonte: DCI