Confiança da construção civil cai 9,9% em julho, diz FGV
Segmentos que registraram piora na comparação interanual foram: aluguel de equipamentos de construção e demolição
06 de agosto de 2012 - O Índice de Confiança da Construção (ICST), divulgado na última sexta-feira pela Fundação Getulio Vargas (FGV), caiu 9,9% no trimestre encerrado em julho, na comparação com o mesmo período do ano passado. É o pior resultado nessa base de comparação desde novembro de 2011, quando o indicador cedeu 10,2%.
O resultado confirma a desaceleração da atividade econômica do setor, avalia a FGV, em nota.
Menos confiantes
Os segmentos que registraram piora na comparação interanual foram: aluguel de equipamentos de construção e demolição, com operador, cuja variação do índice de confiança passou de alta de 3,9% no trimestre encerrado em junho, para -3,9%, em julho; e obras de infraestrutura para engenharia elétrica e para telecomunicações, que recuou - 15,8% em julho, ante julho de 2011, depois de registrar queda de - 13,9% no trimestre encerrado em junho.
Já o segmento preparação do terreno desacelerou a queda com variação de -5,4%, contra -5,8% em junho.
Ainda na comparação interanual, a piora do Índice de Confiança da Construção Civil foi puxada perspectivas mais negativas do empresariado com relação ao futuro: no trimestre encerrado em julho, o Índice de Expectativas (IE) caiu 9,2%, ante queda de 8,6%, em junho.
O Índice da Situação Atual (ISA) manteve o ritmo de queda ao passar de -10,5%, em junho, para -10,6%, em julho.
Setor menos aquecido
O quesito da pesquisa que mede o nível de atividade acelerou a queda ao cair -11,8% em julho, de -10,5% em junho. Das 699 empresas consultadas, apenas 25,8% avaliaram que a atividade aumentou, na média do trimestre terminado em julho, contra 34,8% no mesmo período de 2011; 17,3% consideram que a atividade diminuiu (contra 11,8% há um ano).
Já o quesito que avalia a tendência dos negócios nos próximos seis meses também registrou piora. Sua variação interanual trimestral passou de -8,8% para -9,7%, entre junho e julho, respectivamente. A proporção de empresas prevendo melhora na demanda foi de 42%, ante 54,4%, em junho de 2011, enquanto a parcela das que esperam piora passou de 1,5% para 4,0% do total.
Fonte: Valor Econômico