Confiança da construção mantém estabilidade em dezembro de 2020
Texto: Redação AECweb/e-Construmarket
Segundo a economista da FGV/Ibre, o resultado da confiança apurado em dezembro é positivo e menos pessimista em comparação a dezembro de 2019

Levantamento apurou também que a leve alta registrada em dezembro foi influenciada pela melhora da satisfação dos empresários em relação à situação corrente (Créditos: Layne VR/ Shutterstock)
18/01/2021 | 16:41 - Conforme apuração da Fundação Getulio Vargas (FGV), o Índice de Confiança da Construção (ICST) apresentou estabilidade em dezembro, crescendo 0,1 ponto frente ao mês anterior e chegando a 93,9 pontos.
A média do índice no quarto trimestre de 2020 (94,3 pontos) ficou 6,6 pontos maior do que a média do terceiro trimestre de 2020 (87,7 pontos). A pontuação do índice vai de 0 a 200, sendo que a partir de 100 denota otimismo. A pesquisa coletou informações de 669 empresas entre os dias 1 e 21 de dezembro.
Segundo a economista Ana Maria Castelo, coordenadora de Projetos da Construção da FGV/Ibre, o resultado da confiança apurado em dezembro é positivo e menos pessimista em comparação a dezembro de 2019, levando-se em consideração todas as dificuldades suscitadas pela pandemia em 2020.
“Vale destacar o aumento do Indicador de Evolução Recente de Atividade, apesar do maior percentual das assinalações relativas à escassez e ao custo das matérias primas. Por outro lado, as expectativas continuam se deteriorando e os empresários estão mais pessimistas do que estavam no ano passado em relação ao futuro. Além das incertezas do cenário econômico, esse pessimismo parece estar relacionado às dificuldades recentes das empresas”, comentou Ana Maria.
O levantamento apurou também que a leve alta registrada em dezembro foi influenciada pela melhora da satisfação dos empresários em relação à situação corrente. O Índice de Situação Atual (ISA-CST), que apura a confiança do empresário da construção no momento presente, aumentou 0,9 ponto, chegando a 92,4 pontos, maior valor desde agosto de 2014 (93 pontos).
Já o Índice de Expectativas (IE-CST) – cálculo da confiança do empresário da construção para os próximos meses – caiu 0,7 pontos, alcançando 95,5 pontos. A queda de 2,6 pontos do indicador de tendência dos negócios compensou o avanço de 1,3 ponto do indicador de demanda prevista.
Já o Nível de Utilização da Capacidade (Nuci) do setor aumentou 0,2 ponto percentual, para 72,9%.