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Conjunto da Estação Júlio Prestes, em SP, é provisoriamente tombado

Texto: Redação AECweb/e-Construmarket

A iniciativa é do Iphan, e o Conselho Consultivo do Patrimônio Cultural é quem dará o veredito

foto do Conjunto Estação Julio Prestes
A Estação Júlio Prestes foi construída no século XX, utilizando de forte influência dos padrões norte-americanos (Foto: Daniella cronemberger/Shutterstock)

01/11/2022 | 10:47 – O Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (Iphan) tombou, provisoriamente, o Conjunto da Estação Júlio Prestes, em São Paulo (SP), constituído pela Gare, pelo Prédio da Estação e pelo Prédio da Administração. A instituição que dará o veredito sobre a proposta do Iphan é o Conselho Consultivo do Patrimônio Cultural.

Com o tombamento provisório, o conjunto passa a ter proteção federal, por meio do Iphan, contra quaisquer tipos de destruição, demolição ou mutilação. O bem também não pode sofrer qualquer tipo de restauração ou modificação sem a prévia autorização do Instituto, nos termos do Decreto-Lei nº 25 de 30 de novembro de 1937.

Representando uma época em que o transporte ferroviário era a principal forma de locomoção de longa distância pela população, o Conjunto da Estação Júlio Prestes foi indicado ao Livro do Tombo de Belas Artes, por ser uma construção monumental — o exemplo máximo de uma determinada arquitetura do período.

A Estação Júlio Prestes foi construída ainda no século XX, utilizando de forte influência dos padrões norte-americanos — um exemplar de estações modernas da época.

O monumento constitui um dos mais significativos testemunhos das realizações da Companhia Estrada de Ferro Sorocabana, fundada em 1875 com o objetivo de ligar a região de Sorocaba a São Paulo. A companhia contribuiu não apenas com o desenvolvimento ferroviário do estado paulista, mas também ajudou a integrar os estados do Sul e da região Centro-Oeste.

O conjunto também foi indicado à inscrição no Livro do Tombo Histórico, como a materialização de uma forma de pensar a questão econômica, com um intervencionismo estatal, que fugia dos padrões do liberalismo clássico, o que era uma novidade na forma de pensar da década de 1920 no Brasil.

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