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ConstruBr pede um Brasil mais eficiente e produtivo

Texto: Redação AECweb/e-Construmarket

Evento reuniu por dois dias representantes da cadeia da construção em oito painéis

28 de abril de 2014 - Queremos construir um Brasil em que o direito do cidadão à moradia e à infraestrutura de qualidade seja atendido com eficiência. Um Brasil, em que a construção civil tenha condições de exercer sua atividade com entusiasmo! Com Produtividade! E com Segurança Jurídica! Estas aspirações precisam ser concretizadas. Não amanhã. Mas hoje." As afirmações foram feitas pelo presidente do SindusCon-SP, Sergio Watanabe, em pronunciamento na abertura solene do ConstruBR2014, em 23 de abril, no Expo Transamérica.

O evento, promovido em parceria com a Abramat (Associação Brasileira da Indústria de Materiais de Construção), reuniu por dois dias representantes da cadeia da construção em oito painéis, distribuídos em três eixos temáticos: inteligência (visão global), gestão (visão estratégica) e tecnologia (visão sistêmica), além de uma feira e de um espaço para rodadas de negócios.

Segundo Watanabe, o setor não conseguirá avançar sem retomar as reformas estruturais na política, na Previdência, no trabalho e nos tributos. Para ele, somente estas reformas permitirão “um crescimento consistente e permanente" e livrar o setor dos gargalos que o estrangulam. O país precisa eliminar, afirmou, o excesso de burocracia, a corrupção, a informalidade e outras mazelas, e precisa de um ambiente de negócios com estímulo à produtividade.

Watanabe também repetiu a necessidade de o programa federal Minha Casa, Minha Vida se transformar numa política de Estado, "com a meta de eliminação do déficit habitacional até 2030".

A mesma tese de recursos permanentes para o programa Minha Casa foi reforçada por Antonio Ramalho, deputado estadual e presidente do Sintracon-SP, que falou sobre a necessidade de perenizar uma política habitacional no país.

Mais produtividade - Já segundo Walter Cover, presidente da Abramat, embora a macroeconomia brasileira não seja "um desastre", muitos indicadores "empacaram" a economia, que não consegue crescer além dos 2% ao ano. "Temos de repensar a economia, fazer reformas", afirmou. No nível das empresas, ele disse ser preciso trabalhar a produtividade. “Cada empresa sabe o que deve fazer", comentou. Ele disse estar muito orgulhoso de organizar o ConstruBr, considerado por ele um "evento inovador". 

Para Paulo Simão, presidente da CBIC, o setor teve papel e desempenho muito relevantes nos últimos anos. "É bom saber que o ConstruBr olha para a frente", completou.
Paulo Skaf, presidente da Fiesp, concordou. Para ele, é fundamental ter uma visão de futuro. "Precisamos estar juntos, governo federal, estadual, municipal, entidades representativas, para realmente destravar os projetos que existem, mas estão atrasados", disse. "Que se faça de uma vez por todas o que é preciso, na velocidade que precisamos e que todos nós sabemos ser necessária", comentou.

O presidente da Fiesp reiterou o apoio da federação no que diz respeito às demandas da cadeia da construção civil. Uma delas é a facilitação dos processos para iniciar obras. "Não adianta ter projetos no papel sem a execução. Também não adianta enfrentar um destravamento no qual a licença leva mais tempo que a execução da obra", alertou Skaf.

Também presente à abertura do evento, o secretário especial de Assuntos Estratégicos do Estado de São Paulo, João Carlos de Souza Meirelles, pediu aos empresários para "pensarem em produtividade na interface com o Estado" e defendeu a adoção, cada vez mais intensa, de Parcerias Público-Privadas (PPPs). Ele representou o governador Geraldo Alckmin.

Participaram ainda da abertura Marcos Penido, secretário Estadual de Habitação, e Arthur Henrique, secretário municipal de Desenvolvimento e Trabalho, representando o prefeito de São Paulo, Fernando Haddad.

Manifesto – O SindusCon-SP e a Abramat, lançaram no ConstruBR o manifesto "Construindo uma Agenda para o Futuro", com propostas de mudanças na política econômica e reivindicações específicas para o setor da construção. 

Dentre os itens que constam no manifesto está o pedido para que a inflação anual seja reduzida da faixa de 5% a 6% para 3% nos próximos 10 anos, além da reivindicação de que a carga tributária seja cortada de 36,5% para 25% do PIB nos próximos 15 anos.

O documento também pede a revisão da legislação trabalhista, mudanças na desoneração da folha de pagamentos e a simplificação na cobrança de impostos.

Fonte: Sinduscon - SP

 

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