Construção avança e oferta de imóvel cresce
As oportunidades de compra e venda se oferecem em localizações, tamanhos e preços para todos os gostos e bolsos em Alagoas
24 de maio de 2011 - Farol, Serraria, Trapiche, Ponta Verde, Benedito Bentes. Da orla ao Tabuleiro, Maceió tem construções por todos os lados. Há quase uma década, tem sido assim. Oferta e procura de unidades habitacionais estabeleceram uma relação de paridade, numa integração perfeita que sacudiu o mercado imobiliário de maneira bem positiva. E o mais importante é que as oportunidades de compra e venda se oferecem em localizações, tamanhos e preços para todos os gostos e bolsos.
É certo que a casa própria sempre foi o sonho de toda família - pobre ou rica. Mas só de uns tempos para cá famílias com renda de até 3 salários mínimos começaram a perceber a possibilidade concreta de realizar esse sonho, sem ter que viver o pesadelo de passar o resto da vida pagando prestações de um dívida que não parava de crescer, e a ameaça constante de perder o investimento por falta de condições de continuar pagando, ter como acontecia no antigo e equivocado sistema de financiamento habitacional.
Baixa renda tem papel decisivo para o setor
Das 12.042 unidades habitacionais que estão sendo construídas em Maceió, atualmente, com financiamento da Caixa Econômica Federal (CEF), 8.850 são destinadas a famílias com renda de até seis salários mínimos; três mil são para famílias com renda de seis a dez salários mínimos e 192 unidades para famílias com renda superior a isto.
Esses números, fornecidos pela gerência regional de Construção Civil da Caixa, não contemplam as 17 mil unidades que estão sendo construídas para as vítimas da enchente do ano passado, segundo informou a gerente do setor, Maria Aparecida Machado.
Mas contemplam todas as unidades comerciais do Programa Minha Casa, Minha Vida, destinado ao público com renda entre um e dez salários mínimos.
É exatamente esse público - que antes estava fora dos planos de compra e venda de imóveis - que passou a constituir o principal foco das construtoras imobiliárias.
Parte alta de Maceió virou canteiro de obras
Os empreendimentos crescem e aparecem por todos os lados. Entre os bairros da Serraria e do Benedito Bentes, a paisagem parece um canteiro de obras. As placas anunciam a entrega, as condições de financiamento e os benefícios agregados, atraindo compradores enquanto as obras avançam, erguendo edifícios como quem constrói sonhos.
Os nomes são diversos: Village das Flores, Parque Maceió, Residencial Pátio, Porto Seguro, Parque Petrópolis, se dividem em vários edifícios de dois ou três quartos, área de convivência, com ou sem elevador, alguns até com piscina, quadra de esportes, salão de festas, itens que a maioria dos futuros moradores nem incluía no enredo dos seus sonhos por um teto.
Classes A e B continuam comprando
Segundo a gerente regional de Construção Civil da Caixa Econômica, Maria Aparecida Machado, são as classes de renda mais baixa, que antes não tinham muita facilidade para comprar sua casa, e hoje são beneficiadas pelas facilidades do Minha Casa, Minha Vida, quem mais está comprando os imóveis construídos em Alagoas.
Isso compreende famílias com renda de 1 a 10 salários mínimos. Mas o engenheiro Marcos Holanda, garante que não são só eles que estão comprando.
"O público classe A e B, com renda acima de dez salários mínimos, continua comprando. Por isso, o mercado tem imóveis de todos os tamanhos e para todos os bolsos. Construimos apartamentos com 42m² ou com 700m². Todos têm seu mercado", diz ele.
Segundo as regras de financiamento imobiliário da Caixa, o limite mínimo de renda para compra de um imóvel pela instituição é de um salário, desde que a pessoa encontre um imóvel cuja prestação comprometa até 30% da renda familiar.
Fonte: Gazeta de Alagoas - AL