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Construção civil abre novos nichos de negócios para o metal

Texto: Redação AECweb

Alumínio vira uma tendência na construção civil graças ao desenvolvimento no mercado

29 de janeiro de 2010 - Considerado um setor tradicional de consumo de alumínio, a construção civil deve abrir novos nichos de negócios para o metal, em 2010. "Os perfis e tubos de alumínio aplicados no segmento manterão um crescimento nas entregas de até 18%, em comparação a 2009, graças a um novo ciclo de desenvolvimento no mercado, por conta do projeto Minha Casa, Minha Vida, da realização da Copa do Mundo e da Olimpíada no Brasil", analisa José Carlos Noronha, coordenador da área de construção civil da Associação Brasileira do Alumínio (Abal).

Empresas como a SH Formas e a GGD Metals investem em novas linhas de produção para atender demandas do segmento, como o alumínio extrudado e formas que reduzem o tempo de construção de uma casa de seis dias para um dia.

Antes encontrado apenas nas esquadrias e telhas das obras, o alumínio virou uma tendência na construção civil, como opção para revestimentos internos, fachadas, peças de acabamento, divisórias, box de banheiros e forros.

Para Noronha, o compromisso de concluir moradias em curto prazo também exigiu investimentos em novas tecnologias nos sistemas de esquadrias. "Nos modelos residenciais, a opção das janelas aplicadas com os componentes instalados no vão já acabado garante nova dinâmica na conclusão dos espaços."

As novidade para acelerar o acabamento das obras chega em boa hora. O ramo da construção civil também foi afetado pela crise econômica, com a desaceleração dos lançamentos de imóveis em 2009. A retomada só apareceu na segunda metade do ano, com a divulgação de medidas do governo federal para incentivar a compra de casas e a criação de programas de habitação para classes menos favorecidas.

O Minha Casa, Minha Vida, por exemplo, puxou para cima os contratos da SH Formas, que fornece formas e andaimes para grandes construtoras. Há um ano, a empresa oferece moldes de alumínio para a construção de paredes e lajes de moradias populares.

"A maior vantagem no uso das formas é a velocidade de construção", explica Rildo Salgado, gerente da SH. "Com elas, uma casa de 40 a 70 metros quadrados pode ser concretada em um dia." No sistema de alvenaria tradicional, ela ficaria pronta em seis dias - e o método de formas ainda garante economia de 10% no custo da obra.

Para atender à demanda, a SH investiu R$ 2 milhões em uma fábrica de formas de alumínio no Rio de Janeiro, com capacidade para entregar quatro mil metros quadrados de moldes por mês. No primeiro ano de atividade , os negócios com alumínio cresceram 15%. A empresa, que teve receitas de R$ 130 milhões em 2009, deve faturar 25% mais em 2010.

As novas oportunidades no setor também devem acelerar as entregas dos produtos extrudados, perfis e tubos de alumínio - hoje, 56% desses itens seguem para a construção civil. A extrusão é o processo de deformação do alumínio por meio da passagem do material por um orifício que desenha os contornos desejados para o produto. De olho nesse aumento, a GGD Metals, distribuidor de aços e metais, vai investir R$ 15 milhões na ampliação de uma fábrica em Valinhos (SP), onde pretende iniciar atividades de extrusão do alumínio.

"Até o final do ano, vamos deixar de ser apenas distribuidores do material para competir no mercado de extrusão", afirma André Dias, diretor da GGD Metals, que fatura R$ 100 milhões por ano. A GGD Metals trabalha com um volume médio de 100 toneladas de alumínio por mês e o metal é responsável por até 20% da receita.

Fonte: Valor Econômico - SP

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