Construção Civil: amortecedor da crise
Segmento tem um potencial gerador de obras e emprego em todo o País
Apesar da crise financeira, a construção civil brasileira deverá manter a expansão de 10% em 2008 e ainda poderá crescer entre 3,5% e 4,5% em 2009. Este ano, o setor deverá ter desempenho acima do Produto Interno Bruto (PIB), por conta das obras já contratadas e que deverão assegurar um aumento da atividade setorial pelo menos até o fim do primeiro trimestre.
Também contribuirão para esse crescimento novos investimentos a serem feitos na expansão da infra-estrutura, na habitação popular e na construção imobiliária. Nesta perspectiva, a construção civil acabará servindo como um amortecedor da crise financeira em 2009, por conta de seu potencial gerador de obras e emprego em todo o País.
Estas previsões estão ancoradas no cenário mais provável que se delineia para o crescimento do PIB em 2009 e nos resultados da 37ª Sondagem Nacional da Construção, realizada pelo Sinduscon-SP e pela FGV Projetos com uma amostra de 235 construtoras em todo o País, no fim de novembro. Os empresários pesquisados estão cautelosamente otimistas com relação aos lançamentos de imóveis para este ano, embora menos que no ano passado, com relação ao mercado de média e baixa renda. De outro lado, as construtoras acreditam que os investimentos em infra-estrutura serão relevantes para o crescimento da construção.
Um dado importante é que os financiamentos imobiliários para a aquisição de imóveis com recursos da poupança e do Fundo de Garantia do Tempo de Serviço (FGTS) não foram afetados pela crise de crédito. O Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) deve garantir uma parte importante dos investimentos em infra-estrutura, também contemplados nos Orçamentos da União, Estados e Municípios.
Fonte: Gazeta Mercantil, Mercado Imobiliário, 08/01/2009