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Construção Civil no ABC cresce e muda foco de obras

Texto: Redação AECweb

Segmento desponta no crescimento urbano dos bairros e na intensificação de construções de galpões logísticos e parques fabris

17 de abril de 2012 - O ABC Paulista sempre foi conhecido por ser o berço político do sindicalismo e por acomodar grandes indústrias e montadoras de veículos. Mas este cenário vem apresentando mudanças positivas no que se refere também ao crescimento da construção civil. Segundo a Associação dos Construtores, Imobiliárias e Administradoras do Grande ABC (Acigabc), o número de unidades verticais lançadas vem crescendo a cada ano. Em 2010, foram lançadas 8.887 unidades, já no ano passado esse número chegou a 9.088.

Neste cenário, a construção civil na região desponta em dois aspectos, o crescimento urbano dos bairros e intensificação de construções de galpões logísticos e parques fabris. Segundo Francisco Diogo Magnani, presidente da MZM Construtora, empresa com grande enfoque na Região, essa característica deve continuar crescendo.

"A facilidade do crédito imobiliário e os programas de incentivo do governo, como o PAC [Programa de Aceleração do Crescimento], contribuíram para esta nova visão do ABCD. Agora, uma grande parcela da população está mais atenta aos investimentos em moradia".

A pesquisa da Acigabc também revela que houve um aumento na venda de imóveis da região e que do total de lançamentos em 2011, 60% foram unidades de dois dormitórios e 34% de três. O resultado, para o executivo, mostra também uma grande migração de cidades de muitos moradores da capital. "Podemos avaliar que uma quantia significativa desses imóveis está sendo comprada por famílias que vivem na cidade de São Paulo atraídos pelo preço competitivo e qualidade de vida". Dos municípios em expansão na área da construção civil, o executivo destaca São Bernardo, conhecida como berço das grandes montadoras de automóveis, com 42,31% dos lançamentos e São Caetano do Sul, considerada a cidade com melhor Índice de Desenvolvimento Humano (IDH) do Brasil, com 19,31%. Magnani também comenta que é esta busca pelas cidades do ABC que atrairá também novos empreendimentos comerciais. "Quanto mais famílias estiverem em busca por moradia no Grande ABC, mais empreendimentos comerciais surgirão num círculo vicioso muito bem declarado. Isso significa que a economia do lugar estará sempre aquecida, ou seja, um ótimo investimento para quem escolher o Grande ABC".

Outro dado que deve movimentar a construção é o anúncio de investimento da Companhia de Desenvolvimento Habitacional e Urbano (CDHU), na região. De acordo com o órgão serão investidos R$ 840 milhões para construção de mais de 12.300 unidades habitacionais nas sete cidades até 2014. O valor inclui obras de urbanização e vem para diminuir o déficit de moradia na região que em 2011 girava em torno de 85 mil habitantes. Com esses investimentos a CDHU irá quase triplicar o número de moradias populares nas sete cidades.

De acordo com os números da estatal, Santo André l terá 5.158 novas unidades até 2014, o que responde por R$ 594,1 milhões investidos, enquanto São Bernardo deverá receber 5914 apartamentos com investimentos de R$ 236,7 milhões. Diadema receberá 651 moradias e obras de urbanização que beneficiarão 600 famílias. O investimento é estimado em R$ 61,8 milhões. Estão programadas ainda 500 unidades em São Caetano, com investimento de R$ 40,5 milhões. Em Ribeirão Pires, a previsão é entregar 80 moradias até 2014, resultando em verba de R$ 6,4 milhões. Rio Grande da Serra não está na lista das cidades beneficiadas.

Atualmente, existem 1.290 imóveis populares sendo construídos pela CDHU no Grande ABC, a um custo de R$ 65,1 milhões. Em Santo André, 284 unidades habitacionais estão sendo erguidas, com verba de R$ 15,6 milhões. São Bernardo possui obras para 1.006 moradias.

Fonte: DCI

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