Construção civil reduziu ritmo em relação a 2010
Apesar do ritmo menor, a pesquisa da CNI aponta que os empresários continuam confiantes e esperam investir e contratar mais daqui a seis meses.
02 de junho de 2011 - Depois de um 2010 em ritmo acelerado, a indústria da construção civil está diminuindo o ritmo este ano, segundo a pesquisa Sondagem da Construção Civil, divulgada pela Confederação Nacional da Indústria (CNI).
O levantamento constata que o nível de atividade efetivo (avaliação das empresas sobre o ritmo habitual) do setor registrou 48,3 pontos, contra 49,5 pontos no mês anterior. O indicador varia de zero a cem, e valores acima de 50 indicam crescimento da atividade e expectativa positiva.
O nível de atividade da construção civil e o número de empregados no setor em abril mantiveram-se, contudo, praticamente iguais a março, com 50,2 e 49,9 pontos, respectivamente - em março, tais índices foram de 49,9 e 50,4 pontos. As pequenas e médias empresas foram as que mais desaceleraram em abril, aponta a sondagem, enquanto as de grande porte elevaram o ritmo de atividade, com 52,4 pontos, um ponto a mais sobre março.
O gerente da Unidade de Pesquisas da CNI, Renato da Fonseca, atribui boa parte da queda no ritmo do setor à contenção dos gastos públicos federais e, no caso dos governos estaduais, à redução da execução ou mesmo paralisação de empreendimentos para reavaliação, onde houve sucessão de governadores.
“O aumento da inflação e dos juros e as dificuldades de crédito também têm contribuído para algum arrefecimento da demanda. Numa conjuntura como essa, as pessoas pensam duas vezes diante de um comprometimento grande e de longo prazo da renda”, afirma Fonseca.
Em Caxias do Sul, o presidente do Sindicato da Indústria da Construção Civil (Sinduscon), Valdemor Antonio Trentin, confirma que a realidade nacional se reflete por aqui. O setor segue em crescimento, embora em um ritmo mais lento que 2010.
“O que mudou nos últimos meses é a velocidade do crescimento. No último ano, tivemos um aumento de vendas próximo dos 10%. Em 2011, o setor segue aquecido, mas o aumento é menor e gira em torno de 6% a 7%”, afirma.
Apesar do ritmo menor, a pesquisa da CNI aponta que os empresários continuam confiantes e esperam investir e contratar mais daqui a seis meses.
Fonte: O Pioneiro – RS