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Construção civil vive fase de redução geral de custos

Texto: Redação AECweb

Para fecharem grandes contratos com as construtoras, fabricantes de materiais de construção investem no desenvolvimento de produtos com valores que chegam a ser 50% mais baixos

01 de junho de 2009 - O otimismo das construtoras com o programa de habitação lançado pelo governo federal se transferiu para os fabricantes de materiais de construção.

As empresas procuram soluções rápidas para atender uma demanda maior por produtos de menor preço. Para isso, alavancam suas marcas de combate e até investem no desenvolvimento de novos materiais, com custos que chegam a ser 50% mais baixos.

Para fechar grandes contratos com as construtoras - a escala é vital para compensar margens mais apertadas - as indústrias já começam a aumentar a produtividade. "Estamos implantando novos fornos para estarmos com a estrutura pronta para acompanhar a retomada do mercado", diz Marco Diehl, diretor da cerâmica Incefra.

A empresa inaugurou sua terceira fábrica na Bahia há menos de um mês e iniciou nova planta em Fortaleza. Há quatro anos, ela desenvolveu um novo piso a pedido da Caixa Econômica Federal para obras do PAR (Programa de Arrendamento). Investiu R$ 15 milhões na mudança de linhas e agora está sendo procurada pelas construtoras para fornecer para o "Minha Casa, Minha Vida".

A Rodobens começa a economia pelo projeto. Diminuiu o número de paredes dos imóveis, por exemplo, e optou pelo modelo de construção industrializado. No fim, consegue uma economia total de 10% a 15%. Não é pouco para projetos voltados para famílias com renda de até 3 salários mínimos, faixa que concentra 60% dos R$ 34 milhões de subsídios do governo.

A Fabrimar criou no começo do ano uma linha para as classes C e D e vai lançar em agosto produtos ainda mais básicos. As torneiras chegam a ser até 50% mais baratas que as tradicionais. "A ideia de criar essa linha surgiu por causa do pacote do governo", admite José Fernando Caleiro, diretor comercial.

Os produtos foram desenvolvidos após várias conversas com um grupo de 15 construtoras. "Para não perdermos receita com a venda de produtos muito mais baratos, na outra ponta estamos incrementando a linha de luxo", diz.

Para pintar 1 milhão de casas serão necessários cerca de 50 milhões de litros de tinta. A Suvinil, do grupo Basf, espera alavancar sua linha mais popular, a Glasurit, para vencer em um mercado pulverizado, com vários concorrentes de baixo preço.

Fonte: Valor Econômico

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