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Construção cresce em ritmo menor

Texto: Redação AECweb/e-Construmarket

Diminuição nesse ritmo tem a ver com volume de investimentos na economia

04 de junho de 2013 - A atividade na construção civil brasileira segue crescendo, como demonstram os últimos dados do seu nível de emprego. Com o ingresso de 38,1 mil novos trabalhadores em abril, o setor gerou mais 114,3 mil postos de trabalho formais no primeiro quadrimestre. Ao final do mês passado, o segmento respondia por quase 3,5 milhões de empregos no país.

Embora esses números mostrem claramente que a construção não está estagnada, eles também sinalizam um ritmo de crescimento menor que o do mesmo período de 2012, quando se geraram 46,4 mil novos empregos em abril e 168,7 mil no quadrimestre.

A diminuição nesse ritmo já havia sido prevista pelo SindusCon-SP, em função da diminuição do volume de investimentos na economia. Mesmo assim, o PIB (Produto Interno Bruto) do setor deverá manter uma elevação de 3% neste ano, portanto ainda acima do PIB nacional, cujas projeções oscilam entre 1% e 2%.

Para tanto, deverão contribuir todos os segmentos: obras imobiliárias; de habitação popular dentro e fora do Programa Minha Casa, Minha Vida; de infraestrutura do PAC (Programa de Aceleração do Crescimento) e de outras procedências; e dos grandes eventos esportivos.

Analisando o desempenho do nível de emprego nestes diferentes setores, percebe-se que o imobiliário terminou de realizar o ajuste no ritmo de sua atividade. O número de trabalhadores empregados no primeiro quadrimestre deste ano neste segmento está 0,95% menor que no mesmo período do ano passado.

Por enquanto, as perspectivas são de estabilidade na atividade do segmento imobiliário, já que na área de preparação de terrenos, o número de empregados está 0,3% maior, na mesma base de comparação.

Já a atividade da construção no segmento de infraestrutura evolui em ritmo bem mais lento do que o esperado. Os maiores desembolsos do PAC acabaram contrabalançados pelas dificuldades em viabilizar novos projetos, resultando em reduzido crescimento das obras. O número de empregados nessa área está apenas 2,32% maior no primeiro quadrimestre, em relação ao mesmo período de 2012.

Neste cenário, iniciativas governamentais como a desoneração da folha de pagamentos das novas obras poderão ter reflexos positivos, mas somente para uma parcela do setor no médio prazo. Já boa parte da construção, que subcontrata um grande volume de serviços especializados para a execução de suas obras, sofrerá um acréscimo na mudança de sua contribuição previdenciária patronal.

Numa época em que o fluxo de capital externo se retrai e as economias nacionais dependem cada vez mais da eficiência de suas políticas econômicas, a construção assume um papel relevante para a expansão contínua do emprego e da renda. Impulsioná-la e destravar os gargalos que dificultam seu crescimento são tarefas que requerem zelo diário.

Fonte: Folha de São Paulo, Janela

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