Construção crescerá acima do PIB em 2012
Construtoras ainda têm entre 12 a 18 meses de contratos de execução de obras pela frente
10 de julho de 2012 - “A construção civil vai crescer acima do PIB neste ano”, prognosticou o vice-presidente de Economia do SindusCon-SP, Eduardo Zaidan. No entanto, em sua análise, se as expectativas com o desempenho da economia se deteriorarem muito no último trimestre, “vamos ter problemas mais adiante”.
Falando na Reunião de Conjuntura da Diretoria do sindicato, em 4 de julho, Zaidan afirmou que, de um modo geral, as construtoras ainda têm entre 12 a 18 meses de contratos de execução de obras pela frente. Isto se soma a um cenário favorável ao desempenho da construção civil: crescimento da renda familiar, da massa salarial e do volume de financiamentos imobiliários.
“Os segmentos de construção imobiliária, industrial, comercial e de obras de infraestrutura continuarão sendo demandados, cada um a seu modo. E se a crise econômica na Europa não afetar o mercado interno brasileiro, o setor certamente terá um primeiro semestre razoável no ano que vem.”
Segundo o vice-presidente, as construtoras estão encontrando saídas para questões localizadas, como a dificuldade em colocar produtos imobiliários populares em São Paulo devido à elevação dos preços dos terrenos. “Uma parte das empresas está atendendo à demanda de famílias de rendas mais altas.”
Zaidan ressalvou que este cenário não dispensa as construtoras de se acautelarem. “O momento é de não elevarem despesas desnecessárias; devem cortá-las onde for possível e se manterem líquidas.”
Rigor no crédito – A reunião também contou com a participação do presidente do SindusCon-SP, Sergio Watanabe; do vice-presidente João Claudio Robusti; do presidente da CompraCon-SP, Alexandre de Oliveira; dos membros do CTQ (Comitê de Tecnologia e Qualidade) Antonio Tadeu Jalladi, Fábio Ribeiro, Israel Beigler e Yorki Estefan; e do professor e consultor da FGV Projetos Robson Gonçalves, que fez uma apresentação, entre outros. Robusti comentou que seu sentimento difere da percepção de diminuição das dificuldades financeiras, manifestada na última Sondagem Nacional da Construção, realizada em maio. “O que observamos foi o aumento do rigor na concessão de crédito bancário à produção habitacional”, disse.
Fonte: Sinduscon – SP