Construção do gasoduto Betim-Uberaba tem edital
A Companhia de Gás de Minas Gerais (Gasmig) publicou o edital de contratação do projeto técnico para a construção do gasoduto que abastecerá e viabilizará a fábrica de amônia que a Petrobras vai implantar em Uberaba, no Triângulo Mineiro. O duto chegará ao município partindo de Betim, na Região Metropolitana de Belo Horizonte (RMBH), e demandará aportes da ordem de R$ 1,8 bilhão.
De acordo com o aviso de edital publicado na sexta-feira pela estatal mineira, a abertura das propostas está prevista para 11 de fevereiro. Depois de escolhida a empresa responsável e autorizado o início dos trabalhos, deverão ser necessários alguns meses para elaboração do projeto e a previsão é que as obras tenham início no segundo semestre deste ano.
Na última semana, o prefeito de Uberaba, Paulo Piau, se encontrou com o diretor de Distribuição e Comercialização da Companhia Energética de Minas Gerais (Cemig), Ricardo Charbel, e também com o presidente da Gasmig, José Carlos de Mattos. Na oportunidade, trataram sobre o processo licitatório do projeto do gasoduto, bem como sobre sua construção.
"O gasoduto vai viabilizar a implantação da fábrica de amônia e conseqüentemente proporcionar o resgate da relação da estatal com Minas Gerais. Além disso, poderá ser utilizado no futuro como transporte para o gás da bacia do rio São Francisco, nos permitindo ser grandes exportadores de gás", afirmou Piau.
O gasoduto será construído a partir de Betim, percorrendo 456 quilômetros até chegar a Uberaba. O investimento será de R$ 1,8 bilhão, com capacidade inicial para transportar 3 milhões de metros cúbicos por dia de gás natural. Segundo o prefeito, a previsão é de que a obra esteja concluída até maio de 2016, prazo alinhado com a construção da planta de amônia no Triângulo, único grande projeto da Petrobras em Minas Gerais.
Planta de amônia
A licitação para a construção da fábrica de amônia em Uberaba já foi concluída pela Petrobras. De acordo com Piau, a qualquer momento a estatal poderá anunciar a empresa vencedora, concluir a contratação dos serviços e autorizar o início das obras. A estatal foi procurada pela reportagem para comentar o resultado da concorrência, mas não respondeu antes do fechamento desta edição.
Conforme já publicado, a escolha se deu por meio de contratação direta e ocorreu depois de duas tentativas frustradas acerca do empreendimento, em virtude de sobrepreço. O objetivo foi de contratar bens e serviços para a implantação da unidade de fertilizantes nitrogenados (UFN V), que deverá produzir 519 mil toneladas de amônia por mês, em um terreno de mais de 1 milhão de metros quadrados, do Distrito Industrial 3. Quando pronta, a planta irá funcionar em regime de 24 horas para a produção do insumo de fertilizantes.
Trata-se da segunda etapa de implantação da unidade, uma vez que a primeira, referente àterraplenagem, foi concluída, mesmo que com atraso, pela empresa Egesa Engenharia, no fim de março do ano passado. Já o terreno que abrigará a planta foi oficialmente repassado à Petrobras em meados de maio de 2013. O projeto, que integra o Programa de Aceleração do Crescimento 2 (PAC 2), vai demandar R$ 2,3 bilhões em investimentos.