Sondagem da Confederação Nacional da Indústria revela pessimismo nos indicadores de curto prazo, mas expectativas positivas de empresários para os próximos meses

Realizada entre 1/5 e 14/5, pesquisa ainda não reflete efeitos da greve de caminhoneiros, que ocorreu na segunda quinzena do mês (crédito: Donatas Dabravolskas/Shutterstock.com)

05/06/2018 | 15:30 – Os indicadores de nível de atividade e de número de empregos da Sondagem Indústria da Construção registraram em abril sua primeira queda de 2018. Segundo a Confederação Nacional da Indústria (CNI), o indicador que mede o nível de atividade da indústria da construção recuou 0,2 pontos e fechou abril em 46,9 pontos.

A queda do indicador de nível de emprego foi mais acentuada (0,8 pontos), com fechamento em 44,6 pontos. Os valores ainda se mantêm abaixo da linha divisória de 50 pontos, revelando um cenário pessimista na visão dos empresários.

A perspectiva de médio prazo dos entrevistados, no entanto, ainda é otimista. O Índice de Confiança do Empresário da Construção (Icei-Construção) caiu 1 ponto, mas fechou o mês em 53,8 pontos, acima da linha divisória.

Segundo a CNI, também se mantiveram acima dos 50 pontos os indicadores relativos ao crescimento das atividades, de novos empreendimentos e serviços, de compras de insumo e de matérias primas e do número de empregados nos próximos meses.

A pesquisa, divulgada mensalmente pela Confederação Nacional da Indústria (CNI), foi realizada na primeira quinzena de maio com 541 empresas do setor. Os números não refletem os efeitos da greve de caminhoneiros, que ocorreu na segunda quinzena do mês.

Construção enfrenta dificuldade, mas mantém confiança a médio prazo