Construção enxerga piora na conjuntura econômica com possível ajuste fiscal
Texto: Redação AECweb/e-Construmarket
SindusCon-SP e Abramat visualizam perspectivas durante reunião
27 de maio de 2014 - Para discutir os números mais recentes do setor e celebrar os resultados do ConstruBr, congresso realizado pelo SindusCon-SP em parceria com a Abramat (Associação Brasileira da Indústria de Materiais de Construção), o sindicato recebeu em 20 de maio os representantes de 24 entidades em sua sede para um café da manhã. O grupo foi recepcionado pelo presidente Sergio Watanabe, que abriu o encontro ao lado de Walter Cover, presidente da Abramat, e Paulo Simão, presidente da CBIC (Câmara Brasileira da Indústria da Construção).
Durante a reunião, o grupo também assistiu a uma apresentação de Ana Maria Castelo e Robson Gonçalves, economistas da Fundação Getulio Vargas (FGV) da área de estudos de construção civil. A dupla apresentou dados da conjuntura econômica do setor, com um balanço dos últimos meses e perspectivas.
Piora na conjuntura – Diante das perspectivas menos animadoras da indústria para os próximos meses, o SindusCon-SP estima alta entre 1% e 2% para o PIB da construção em 2014 (contra a estimativa anterior, de 2,8%). “2014 pode ser um ano que sentiremos saudade mais adiante”, alertou o presidente, ao lembrar que, após as eleições certamente virá um ajuste fiscal. Segundo Watanabe, podemos entrar em uma espiral de pessimismo se nos concentrarmos apenas no curto prazo.
Em sua apresentação, os economistas da FGV abordaram a evolução da atividade econômica, inflação e juros, contas públicas, contas externas entre 2003-2013. Como contraponto, também foi apresentada a evolução desses indicadores entre 2011-2014.
De acordo com o Gonçalves, em agosto de 2011 – que ele considera marco do início efetivo da política econômica da presidente Dilma Rousseff – passou a ocorrer um nítido descompasso entre o discurso do governo e a política econômica.
Para Ana Castelo, o cenário conjuntural mais negativo no curto prazo reflete diretamente nas decisões de investimento. “Essa arrumação da casa no curto prazo é fundamental para podermos pensar no médio e longo prazos”, acrescentou.