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Construção pede rapidez nas aprovações do Minha Casa, Minha Vida

Texto: Redação AECweb

Representantes do setor esperam que 1 milhão de unidades previstos no programa sejam contratados

14 de janeiro de 2010 - O setor de construção civil está otimista com o programa habitacional Minha Casa, Minha Vida, ainda que a avaliação seja de que a Caixa Econômica Federal (CEF) precisa acelerar o ritmo de aprovações dos projetos do programa.

A expectativa de entidades que representam o setor é de que o total de um milhão de unidades previsto no Minha Casa, Minha Vida seja contratado até o fim de 2010, mas representantes da construção consideram a possibilidade de que uma parcela fique para o início de 2011.

"Está na hora de a velocidade de aprovações ser mais compatível com o volume de unidades do programa que está no sistema da Caixa", afirma o presidente da Câmara Brasileira da Indústria da Construção (CBIC), Paulo Safady Simão. Se a Caixa não ganhar velocidade na aprovação dos projetos, esse ritmo poderá se tornar um gargalo para que o programa deslanche, segundo Simão.

O representante da CBIC pondera que o programa começou a ser implantado em abril do ano passado e que houve a greve dos funcionários do banco. "Existem 620 mil unidades do programa dentro da Caixa. Acreditamos que haverá um milhão de unidades na Caixa nas diversas etapas até julho ou agosto. Em seis meses, foi feito mais do que nos últimos seis anos para a faixa de até dez salários mínimos de renda", diz Simão.

A expectativa do presidente do Sindicato da Indústria da Construção Civil do Estado de São Paulo (Sinduscon-SP), Sergio Watanabe, é de que, daqui para frente, o processo de contratações do programa ficará mais próximo de "uma curva que de uma reta" em função dos projetos que já estão em análise na Caixa. Watanabe ressalta que, independente de o próximo governo ser ou não do PT, o programa deverá ter continuidade em 2010.

Até 24 de dezembro de 2009, foram fechados contratos referentes a 247.950 unidades do programa e recebidas propostas para 619.036 unidades. No início de dezembro, o vice-presidente de Governo da Caixa, Jorge Hereda, reiterou que o banco pretende concluir o financiamento do total de um milhão de unidades previsto no programa até o fim de 2010 e disse que a contratação de 400 mil unidades em 2009 era uma meta interna do banco, cujo cumprimento dependia de a documentação dos projetos estar completa.

"O grande nó do programa são as aprovações pelas prefeituras, pelos órgãos de meio ambiente e pela Caixa. Isso fez com que não tivéssemos nem 300 mil contratos aprovados no ano passado", diz o presidente do Sindicato das Empresas de Compra, Locação e Administração de Imóveis Comerciais de São Paulo (Secovi-SP), João Crestana.

Segundo Crestana, se, em 2010, as aprovações do programa chegarem a 550 ou 600 mil unidades, o restante que ficar para 2011 poderá ser produzido ainda no próximo ano. "Dificilmente, as dificuldades de aprovações serão solucionadas este ano, mas elas deverão ser mitigadas", avalia o presidente do Secovi-SP.

Fonte: Jornal do Commercio - RJ

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