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Construção precisa focar na produtividade

Texto: Redação AECweb/e-Construmarket

De acordo com o presidente do Sinduscon-SP, desafio deve nortear novo ciclo de crescimento

04 de outubro de 2013 - Na avaliação do presidente do SindusCon-SP, Sergio Watanabe, para o setor retornar aos patamares históricos de crescimento dos últimos anos é preciso focar na produtividade. “O nosso maior desafio está em elevar a produtividade. É o que deve nortear o próximo ciclo de crescimento”, afirmou em palestra no Business Round Up – Perspectivas para 2014, evento promovido pela Câmara Americana de Comércio (Amcham) em 1º de outubro.

Mesmo diante das incertezas na economia brasileira, o presidente do sindicato acredita que o PIB da construção irá encerrar o ano com crescimento de 2%, e deve ficar em torno de 3% em 2014, acompanhando a evolução do PIB nacional. “Precisamos investir forte em infraestrutura”, acrescentou, ao listar os entraves que têm atrapalhado o desempenho do setor.

Watanabe destacou que o futuro do setor vai depender das ações do governo, que “tem gasto mais do que arrecada”, observou. Comentou que em ano eleitoral governo nenhum vai fechar os cofres, visto que a presidente Dilma Rousseff está empenhada em se reeleger. “A chance de que o governo continue com políticas populistas é grande e vamos pagar essa conta em 2015”, afirmou. Para estimular e atrair mais investimentos no setor, Watanabe repetiu que é preciso transformar o programa Minha Casa, Minha Vida em uma política habitacional permanente.

Questionado pela plateia se o atual nível de preços dos imóveis é sustentável, o presidente do sindicato disse não acreditar na existência de uma bolha imobiliária. “O Brasil ainda tem uma demanda muito grande a ser atendida e não acreditamos em redução de preços”, afirmou.

Grandes setores - Com mediação de Ricardo Lessa, gestor de Comunicação da Amcham, o evento foi dividido em três painéis. No primeiro, Maurício Molan, economista-chefe do Santander, e Marcelo Kfoury, economista-chefe do Citibank, falaram sobre suas perspectivas para 2014. Em sua apresentação, Molan destacou que trabalha com a expectativa de crescimento de 1,7% para o PIB em 2014. Já Kfoury disse que prevê para o próximo ano crescimento de 0,6% por trimestre.

Na sequência, o painel que reuniu representantes de grandes setores para expor suas perspectivas contou com as presenças, além de Watanabe, de Antonio Gil, presidente da Associação Brasileira das Empresas de Tecnologia da Informação e Comunicação (Brasscom); Edmundo Klotz, presidente da Associação Brasileira da Indústria de Alimentos (Abia); Flávio Rocha, presidente do Instituto para Desenvolvimento do Varejo (IDV); Herculano Anghinetti, diretor-presidente da Associação Brasileira das Indústrias de Refrigerantes e de Bebidas (Abir); e Paulo Henrique Fraccaro, presidente executivo da Associação Brasileira da Indústria de Artigos e Equipamentos Médicos, Odontológicos, Hospitalares e de Laboratórios (Abimo).

No encerramento, Viktor Andrade, líder de Fusões e Aquisições da Ernst Young, expôs as perspectivas de sua companhia para a economia no próximo ano.

Fonte: Sinduscon - SP
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