Construção puxa negócios do comércio, mas crescimento diminui ritmo em 2011
Crédito facilitado e saldo negativo de moradias no país impulsionam segmento, diz Serasa
05 de janeiro de 2011 - O movimento no comércio brasileiro aumentou 8,7% no ano passado em relação a 2010, desempenho puxado pelas lojas de material de construção, informou nesta quinta-feira (5) a Serasa Experian.
Apesar de positivo, o ritmo de crescimento de 2011 ficou abaixo do registrado no ano anterior, quando o comércio teve uma expansão de 10,3%.
Os economistas da entidade explicam que o movimento nas lojas brasileiras teve dois comportamentos distintos em 2011, com vendas mais intensas no primeiro semestre e uma desaceleração dos negócios no segundo.
Os motivos para esse comportamento foram o freio do governo, por meio dos bancos, na liberação de crédito, aumento do calote do consumidor e o agravamento da crise financeira internacional, principalmente em países da zona do euro.
A expansão de quase 9% do varejo em 2011 se deveu, em grande parte, à construção civil. Depois de crescer 17% na passagem de 2009 para 2010, o movimento das lojas do segmento aumentou 10,9% em 2011.
As principais razões para esse crescimento são o crédito acessível para o consumidor, a confiança dos brasileiros, os programas e incentivos do governo para o setor e, sobretudo, o saldo negativo de residências no país, ou seja, ainda tem muita gente sem casa própria no Brasil.
Também vale destacar o desempenho dos segmentos de combustíveis e lubrificantes, cujas lojas viram o movimento aumentar 8,7% durante o ano passado, e o de móveis, eletrônicos e informática, que registrou expansão de 7,4%.
Em dezembro, o crescimento do fluxo de pessoas no comércio cresceu 1,9%, com destaque para o segmento de veículos, motos e peças, que teve uma expansão de 1,5%. Neste recorde, os negócios das lojas de material de construção também aumentaram – 1,2%.
Fonte: R7