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Construção quer fim de burocracia para novo impulso

Texto: Redação AECweb

Secovi-SP quer, entre outras exigências, a unificação dos sistemas informatizados dos cartórios de registros de imóveis

30 de novembro de 2009 - A construção civil teve um forte estímulo neste ano, devido a iniciativas do governo em meio à crise, como a redução do IPI (Imposto sobre Produtos Industrializados) para material de construção e o lançamento do programa habitacional "Minha Casa, Minha Vida".

Para que esse bom momento vivido pelo setor tenha continuidade, os empresários do ramo querem agora um novo impulso. O caminho, dizem, é a desburocratização de procedimentos em órgãos públicos, em bancos que concedem financiamentos e cartórios.

"Diversos processos podem ser agilizados e simplificados, o que daria à construção civil mais eficiência", diz João Crestana, presidente do Secovi-SP (sindicato das empresas de comercialização de imóveis).

A entidade quer a unificação dos sistemas informatizados dos cartórios de registros de imóveis e a aprovação da lei que exige o registro, em matrícula, de todo evento que possa ter implicações sobre o imóvel, como ações judiciais que não sejam de execução.

No caso da cidade de São Paulo, os empresários pedem até que seja feita uma reavaliação do Plano Diretor, que restringe a construção em determinadas áreas.

"Isso ajudaria a aliviar um pouco da pressão de demanda pelos imóveis, que tem levado a grandes aumentos de preços", afirma Crestana.

Estima-se que, no município, exista hoje um déficit de 1,5 milhão de moradias. De olho no reaquecimento do setor habitacional e nos benefícios recebidos, fabricantes de móveis e eletrodomésticos já se mobilizaram.

Amanhã, em reunião na Fiesp (Federação das Indústrias do Estado de São Paulo), o presidente da entidade, Paulo Skaf, entregará à ministra Dilma Rousseff, da Casa Civil, uma proposta para que os mutuários do "Minha Casa, Minha Vida" possam obter um adicional de 10% do seu empréstimo habitacional para equipar a residência nova.

Na ocasião, a Caixa Econômica Federal já assinará um convênio para financiar a decoração e os eletrodomésticos dos imóveis adquiridos.

Fonte: Folha de S. Paulo - SP

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